RECUO

IPCA perde fôlego e sobe 0,39% em novembro, segundo o IBGE

IPCA perde fôlego e sobe 0,39% em novembro, segundo o IBGE
IPCA recua em novembro, mas acumlua alta nos últimos 12 meses – Crédito: Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)  subiu 0,39% em novembro e ficou 0,17% abaixo da taxa de outubro (0,56%). No ano, o IPCA acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 4,87%, acima dos 4,76% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a variação havia sido de 0,28%.

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Os grupos que mais contribuíram para este aumento no IPCA foram Alimentação e Bebidas, Transportes e Despesas Pessoais. Dentro destes, os preços das carnes e das passagens aéreas destacaram-se pelo impacto significativo no índice geral.

Segundo André Almeida, gerente do IPCA e INPC no IBGE, para que a inflação possa ficar dentro do teto da meta estabelecida para o ano, o índice de preços não pode ficar acima de 0,20% em dezembro. As informações são do g1.

Fatores que impulsionaram ao IPCA em novembro de 2024

Entre os grupos que compõem o IPCA, o de Alimentação e Bebidas foi um dos que mais pressionaram a inflação, com alta de 1,55%.

Este crescimento foi exercido principalmente pelas carnes, que registraram um incremento nos preços de 8,02% durante o mês. As exportações elevadas e uma menor oferta de animais para abate contribuíram para essa situação.

No setor de Transportes, as passagens aéreas foram responsáveis por um aumento de 0,89% no grupo, fato associado às viagens de final de ano e feriados. Além disso, o grupo de Despesas Pessoais também apresentou um aumento, impulsionado pelo preço do cigarro que subiu 14,91% em novembro.

Como o câmbio impacta o índice

O câmbio é um fator crucial que influencia o comportamento dos preços no Brasil. A apreciação do dólar em mais de 20% em 2024 em relação ao real intensificou a inflação, não só no setor alimentício, mas também em produtos cotados em dólar no mercado internacional.

Essa valorização encoraja produtores a preferirem exportar, reduzindo a quantidade de produtos disponíveis no mercado interno, o que naturalmente afeta os preços pela lógica da oferta e demanda.

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No caso das carnes, a alta exportação juntamente com uma reduzida quantidade de animais prontos para abate influenciou a situação, restringindo ainda mais a oferta disponível para o consumo interno. Isto levou a aumentos expressivos em cortes populares como alcatra, que subiu 9,31%, e acém, com um incremento de 8,87%.

Leia mais: Inflação e crise econômica fazem brasileiros trocarem refeições por salgados

 

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