Salário mínimo subiu para R$ 1.518 em 2025: veja quem tem direito

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Notas de 100 reais – Créditos: depositphotos.com / brenosaturnino

No início de 2025, o salário mínimo no Brasil foi estabelecido em R$ 1.518. Esse valor representa um aumento de R$ 106 em relação a 2024, o que corresponde a um reajuste de 7,5%. Além de determinar a base remuneratória para muitos trabalhadores, o salário mínimo serve como referência para outros componentes da economia, atuando como parâmetro para o reajuste de salários do funcionalismo público, aposentadorias e programas sociais, como o Bolsa Família.

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A definição do novo valor entrou em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2025. Essa alteração no piso salarial foi feita conforme a política de valorização estabelecida pela Lei n.º 14.663/23. Esse valor considera a inflação acumulada de doze meses até novembro do ano anterior e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, limitado a 2,5%.

Como os descontos afetam o salário mínimo?

Apesar do aumento nominal do salário mínimo, o montante que chega ao trabalhador é menor devido aos descontos obrigatórios. Para os assalariados que recebem o valor mínimo, o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) é isento, mas há um desconto de 7,5% relativo ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Portanto, o valor líquido a ser recebido por trabalhadores que ganham um salário mínimo é de R$ 1.404,15, após um desconto de R$ 113,85.

Além disso, outros possíveis descontos não obrigatórios podem impactar a remuneração líquida. Caso o trabalhador tenha empréstimos consignados, adiantamentos quinzenais, ou utilize plano de saúde corporativo, esses valores também serão deduzidos de seu salário mensal. Conforme as regras estabelecidas, os descontos totais não podem ultrapassar 70% do valor do salário.

Quais são os critérios para o reajuste do salário mínimo?

A política de reajuste do salário mínimo no Brasil leva em consideração dois principais indicadores econômicos: a inflação e o crescimento do PIB. A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), reflete o aumento geral dos preços no país e é um fator crucial para ajustar o poder de compra do salário. O crescimento do PIB, por sua vez, é ponderado com um teto de 2,5%, o que visa garantir ajustes econômicos sustentáveis.

Nessas condições, caso o PIB apresente crescimento negativo, o reajuste do salário mínimo considera apenas a inflação. Essa política visa proteger o trabalhador da perda de poder aquisitivo diante das flutuações econômicas, ao mesmo tempo, em que busca oferecer aumentos reais quando a economia do país permite.

Salário mínimo (17/01) sobe para R$ 1.801,55: saiba quem tem direito ao aumento
Notas de dinheiro ao lado de moedas – Créditos: depositphotos.com/robertohunger

Quais são as diferenças regionais nos salários mínimos?

A legislação brasileira permite variações no salário mínimo em diferentes regiões do país, a fim de acomodar as disparidades econômicas locais. Essa flexibilidade é autorizada pela Lei Complementar n.º 103, de 2000. Atualmente, alguns estados brasileiros adotam seus próprios pisos regionais, que podem ser superiores ao valor nacional. É o caso, por exemplo, de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.

O estado de São Paulo, em 2025, fixou seu salário mínimo em R$ 1.640. No Paraná, os valores variam entre R$ 1.856,94 e R$ 2.134,88, dependendo da faixa salarial. Essas variações refletem as condições econômicas, o custo de vida e o nível de produtividade de cada local, oferecendo uma abordagem mais ajustada à realidade de cada estado.

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O salário mínimo atende às necessidades básicas?

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo atual representa apenas uma fração do valor necessário para atender às necessidades básicas de uma família no Brasil. Idealmente, o salário deveria cobrir despesas com moradia, alimentação, saúde, educação, entre outros aspectos cruciais para uma vida digna.

No entanto, o salário mínimo vigente é visto como insuficiente para garantir essas condições, o que levanta debates sobre a necessidade de reajustes mais significativos. O economista José Ronaldo Souza Jr. explica que aumentar o salário mínimo em termos reais limita a capacidade econômica das empresas e pode afetar a inflação e a solvência fiscal do governo.

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