A drag queen e ícone da comunidade LGBTQIA+, Kaká di Polly, morreu nesta segunda-feira (23), em São Paulo. A informação foi confirmada ao g1 por um familiar de Kaká. Segundo essa sobrinha, a tia já estava internada em um hospital desde o dia 19 de janeiro, por conta de uma dor na lombar. E sofreu uma parada cardíaca durante um exame de rotina.
A notícia da morte também foi confirmada por ativistas da comunidade LGBT, como a artista Nany People, que publicou uma homenagem nas suas redes sociais. “‘Não seja mais uma, Seja A!!!’ Suas palavras ecoam até hoje em meus ouvidos! Querida @kakadipolly Obrigada por ter convivido com vc em um tempo que a noite ainda era divertida e múltipla! Obrigada pelas ligações repentinas sempre com alguma novidade ou notícia! Estou embarcando para Porto Alegre e recebo a notícia de sua “passagem”! Obrigada nossa #DivinePaulistana. Por tantos brilhos… Alegrias e Noites! Seja recebida com uma Festa no céu!”.
Até o momento os horários de velório e enterro não foram confirmados, mas o sepultamento será no Cemitério Vila Mariana.
PARADA LGBT
Kaká di Polly foi uma das pioneiras na noite paulistana, segundo a Folha de S. Paulo, nas décadas de 1970 e 1980, ela ganhou o apelido de “dona da cidade”, devido a sua presença recorrente na Medieval, primeira boate gay de São Paulo.
Um marco na sua história ocorreu na 1ª Parada do Orgulho LGBT da capital paulista, em 1997. A polícia queria interromper a parada, e para evitar isso, Kaká fingiu um desmaio para distrair os agentes. E assim, permitiu que as pessoas continuassem seu trajeto com a parada pela Avenida Paulista.