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O que aconteceu com a casa dos Paiva? Detalhes revelados em Ainda Estou Aqui

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Foto da família Paiva, retratada em ‘Ainda Estou Aqui’ – Crédito: Arquivo pessoal

No cenário cinematográfico brasileiro, “Ainda Estou Aqui” emerge como uma obra crucial que revisita os anos sombrios da ditadura militar no país. Dirigido por Walter Salles, o filme tem gerado tanto em âmbito nacional quanto internacional discussões sobre esse período histórico conturbado. Ambientado no Rio de Janeiro dos anos 1960, o filme apresenta uma narrativa emocionante focada na vida de Eunice Paiva e sua luta após a tragédia que atingiu sua família.

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A trama acompanha a trajetória de Eunice, vivida de forma ficcional na tela, que enfrenta a cruel realidade do desaparecimento de seu marido, o deputado Rubens Paiva. Ele foi sequestrado por agentes militares em 1971, em um capítulo emblemático dos horrores enfrentados por muitos durante o regime autoritário. O filme é um convite à reflexão sobre as feridas abertas pelo regime e sua influência nas famílias brasileiras.

O que motivou “Ainda Estou Aqui” a abordar a história de Eunice Paiva?

A escolha de Eunice Paiva como figura central em “Ainda Estou Aqui” está profundamente enraizada na história real de uma família devastada pela ditadura, mas ressignificada pela resiliência. Eunice teve que assumir sozinha a criação de seus cinco filhos enquanto lidava com a dor e a incerteza do destino de seu marido. O roteiro oferece ao público um olhar íntimo sobre o impacto brutal do regime militar em indivíduos comuns, destacando Eunice como símbolo de resistência e esperança.

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A decisão de abordar a história da família Paiva ilustra um dos muitos dramas pessoais que a ditadura causou. Além de sua relevância histórica, o filme provoca uma análise introspectiva sobre justiça e memória, temas vitais para as gerações que vivenciaram direta ou indiretamente essa era.

Como foi escolhida a locação para o filme?

No tocante à recriação dos eventos históricos, os cineastas enfrentaram o desafio de escolher a locação adequada que capturasse a essência do lar da família Paiva. Originalmente situada no Leblon, a casa da família Paiva tornou-se um espaço emblemático da perda e resistência. Embora a residência original, na Avenida Delfim Moreira, não exista mais, uma casa na Urca foi convertida temporariamente para as filmagens, após ser alugada por uma quantia considerável de R$ 14 milhões.

Durante sua história, a residência da Delfim Moreira passou por várias transformações, desde servir como restaurante até, posteriormente, dar lugar a um prédio residencial. A destruição do edifício original faz eco aos temas do filme: a transformação forçada e o apagamento de memórias pessoais e históricas.

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Segundo Aventuras da História, para o público contemporâneo, “Ainda Estou Aqui” serve como um lembrete poderoso das consequências do autoritarismo e a importância da resiliência diante da repressão. Através de uma lente cinematográfica emocional e perspicaz, o filme convida espectadores a se engajarem com o passado, para que erros não se repitam. É um testemunho visual não apenas dos horrores do passado, mas também da capacidade humana de encontrar força em meio à adversidade.

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