O primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, anunciou nesta quarta-feira (7) que não comparecerá à cerimônia de encerramento da Olimpíada de Paris 2024. O motivo da recusa é um protesto contra a decisão dos juízes na final do solo feminino, que, segundo o Premiê, prejudicou duas ginastas romenas, Ana Bǎrbosu e Sabrina Maneca-Voinea.
Ciolacu destacou que tanto Bǎrbosu quanto Maneca-Voinea foram tratadas de maneira “absolutamente desonrosa” pelos juízes durante a decisão do solo feminino. Bǎrbosu terminou em quarto lugar após uma reviravolta na pontuação da ginasta americana Jordan Chiles, e Maneca-Voinea recebeu uma penalidade controversa de 0,1 ponto.
Controvérsias na Final do Solo Feminino
A grande polêmica surgiu quando Ana Bǎrbosu parecia ter garantido a medalha de bronze. No entanto, após revisões de pontuação, a ginasta americana Jordan Chiles teve sua nota aumentada de 13,666 para 13,766, resultado que a levou ao terceiro lugar, relegando Bǎrbosu ao quarto posto. Ciolacu considerou essa medida inaceitável, afirmando que a alteração da pontuação foi injusta e prejudicial.
Os treinadores de Jordan Chiles contestaram a pontuação dada à sua rotina, argumentando que a dificuldade deveria ser maior. A revisão foi acatada e resultou na adição de 0,1 ponto, o bastante para que a americana subisse ao pódio. Marcel Ciolacu criticou severamente essa decisão, insistindo que tal alteração foi feita sem transparência e sem justificação adequada.
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O Caso de Sabrina Maneca-Voinea
Sabrina Maneca-Voinea também enfrentou uma situação controversa. Ela foi penalizada por supostamente sair do tapete durante sua apresentação, mas os vídeos não confirmam essa infração. A Federação Romena de Ginástica pediu uma revisão detalhada da penalidade aplicada.
A penalidade de 0,1 ponto foi aplicada sob a alegação de que Maneca-Voinea havia deixado os limites do tatame. No entanto, a análise de vídeo não demonstrou claramente essa saída, gerando ainda mais descontentamento entre os romenos.
Quais críticas do Premiê ?
Marcel Ciolacu foi firme em suas críticas ao sistema de organização das competições, questionando a integridade e a transparência nas avaliações. “É inadmissível que, numa competição desta envergadura, que promove valores como o respeito, a compreensão e a excelência, uma menina que conquistou honestamente a sua medalha seja brutalmente privada do resultado do seu trabalho de quatro anos!”, declarou o Premiê.
Mesmo Jordan Chiles, a ginasta envolvida na polêmica, se mostrou surpresa com a reviravolta. Ela afirmou aos repórteres que estava exausta e não percebeu que seus treinadores estavam desafiando a pontuação.