Após a edição de outono (europeu) de Roland Garros do ano passado, que fez os tenistas se agasalharem e tremerem de frio, a boa notícia da edição deste ano é o calor. A má notícia para qualquer um que queira impedir o espanhol Rafael Nadal de ampliar um recorde com o 14º título no Aberto da França é que as condições estão exatamente como o espanhol gosta.
O ar quente e as quadras de saibro rápidas, combinadas ao giro de bola único de Nadal, o tornam quase imbatível no torneio desde que ele venceu em sua estreia de 2005 (como ilustrado por um quadro de vitórias e derrotas que, após o triunfo desta terça-feira sobre Alexei Popyrin na primeira rodada, está em 101 a 2 no saibro parisiense).
Como ele ressaltou após a vitória de 6-3, 6-2 e 7-6 (3) sobre o australiano, o espanhol não se saiu muito mal em 2020 nas quadras úmidas, conquistando o título sem perder nenhum set, o que incluiu a vitória impiedosa contra Novak Djokovic na final.
Mas Nadal, que fará 35 anos na próxima quinta-feira (3), oportunidade na qual enfrenta o francês Richard Gasquet, prefere quando está quente.
“É claro que as condições do ano passado, para mim, foram boas no final porque venci, não?”, declarou o espanhol aos repórteres.
“Mas não é a situação ideal jogar tênis com três ou quatro graus, ou às vezes dois graus, como algumas partidas noturnas que disputei. Sinto que fiquei com um pouco de medo de me contundir. Mas isso é passado. Neste ano, voltamos ao normal”, concluiu.
(Agência Brasil)