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3.800 crianças cruzam selva panamenha desacompanhadas rumo aos EUA em 2024

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Migrantes indígenas no Panamá – Créditos: depositphotos.com / gonzalobell

A travessia pela selva panamenha do Darién, situada entre Colômbia e Panamá, tornou-se um dos percursos mais críticos para migrantes em busca do sonho americano. Em 2024, pelo menos 3.800 crianças migraram sem acompanhamento de adultos por essa região tão perigosa, enquanto o total de crianças que atravessaram o Darién, segundo o governo panamenho, foi de 61.154 neste ano.

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O aumento no número de crianças desacompanhadas chama a atenção das autoridades e das organizações internacionais, como o Unicef, que alertam para os perigos enfrentados por esses menores ao longo do caminho. Contudo, mesmo com uma redução significativa no fluxo total de migrantes, a vulnerabilidade das crianças permanece evidente.

Por que a selva panamenha do Darién atrai tantos migrantes?

A selva do Darién tornou-se, ao longo dos anos, um corredor migratório crucial para aqueles que se movem da América do Sul em direção aos Estados Unidos. Em 2023, mais de meio milhão de pessoas realizaram essa travessia, com o número em 2024 alcançando 286.000.

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Este caminho é frequentemente escolhido por migrantes de diversas nacionalidades, predominando os venezuelanos, mas incluindo também colombianos, equatorianos, haitianos e chineses. A travessia, no entanto, não é apenas uma questão de geografia, mas sim de necessidade frente à busca por oportunidades e proteção melhoradas.

A travessia pela selva panamenha apresenta vários riscos, especialmente para as crianças desacompanhadas. Elas enfrentam a possibilidade de ferimentos, doenças, desidratação e exposição à violência. Organizações como o Unicef destacam que muitos chegam aos postos fronteiriços do Panamá com condições de saúde precárias.

O Unicef e outras organizações estão em alerta devido à gridade dessa situação para as crianças migrantes. Dessa forma, enfatizam a importância de proporcionar assistência emergencial, cuidados médicos e proteção especial para esse grupo extremamente vulnerável. As intervenções incluem a disponibilização de centros de apoio nas fronteiras, onde as crianças podem receber atendimento médico, alimentação e abrigo temporário. Além disso, há esforços para reunir crianças desacompanhadas com suas famílias, sempre que possível.

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