O cessar-fogo entre Israel e o grupo libanês Hezbollah começou a valer às 23h de terça-feira (26), no horário de Brasília, equivalente às 4h no horário local. A trégua, mediada pelos Estados Unidos em parceria com a França, estabelece que apenas forças militares e de segurança oficiais estão autorizadas a portar armas no Líbano, conforme estipulado no acordo visto pela Reuters.
O documento cita diretamente órgãos como as Forças Armadas Libanesas e a polícia municipal, reforçando o compromisso de ambos os lados com a Resolução 1701 da ONU. Essa medida visa o “desarmamento de todos os grupos armados no Líbano” e pretende limitar o poderio militar do Hezbollah, que mantém um arsenal robusto.
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O que está em jogo no cessar-fogo entre Israel e Hezbollah?
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou estar pronto para implementar o acordo, mas alertou que haverá respostas rigorosas caso o Hezbollah viole os termos. Do lado libanês, um alto membro do Hezbollah, Hassan Fadlallah, comentou que o grupo apoia a ampliação da autoridade do estado, mas enfatizou que o desarmamento da resistência fracassou. “Milhares se juntarão à resistência”, afirmou ele em entrevista à Al Jadeed TV.
A trégua, que deve durar 60 dias, foi bem recebida internacionalmente e pode abrir espaço para um acordo mais duradouro, além de influenciar positivamente outros conflitos na região. A Casa Branca, por sua vez, espera que esse avanço pressione pelo fim da violência na Faixa de Gaza, onde a guerra entre Israel e o Hamas já causou milhares de mortes.
O cenário no Oriente Médio
O conflito entre Israel e o Hezbollah intensificou-se nos últimos meses, com bombardeios em território libanês deixando dezenas de mortos e forçando mais de um milhão de pessoas a fugirem de suas casas. Assim como o Hamas, o Hezbollah é apoiado pelo Irã e figura como um dos principais inimigos de Israel.
Enquanto isso, na Faixa de Gaza, a ofensiva israelense continua. Desde outubro de 2023, mais de 43 mil palestinos morreram em ataques que devastaram grande parte do território. Paralelamente, Israel também enfrenta tensões com o Irã, trocando ataques diretos e bombardeando milícias apoiadas pelo regime iraniano na Síria, no Iêmen e no Iraque.
Com a implementação do cessar-fogo no Líbano, a comunidade internacional espera que a trégua possa ao menos reduzir o impacto de uma das frentes mais instáveis da região.
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