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Como será a troca de reféns entre Israel e Hamas?

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Primeira etapa do cessar-fogo inclui troca de reféns e começa a partir de domingo – Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

O cenário de tensões entre Israel e o grupos palestino Hamas chegou a um momento de trégua e troca de reféns após o atentado terrorista de 7 de outubro de 2023. Na tarde desta quarta-feira (15), o acordo de cessar-fogo foi anunciado pela imprensa local, pelo presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump e pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani.

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A proposta vale a partir de domingo (19), e será implementada de forma gradual durante 42 dias. Apesar de diversas tentativas ao longo dos meses, as negociações enfrentaram desafios frequentes. Alegações de progresso geraram esperanças efêmeras, frequentemente revertidas por desentendimentos. Recentes informações sugerem que um acordo preliminar foi alcançado, noticiado por múltiplas fontes, embora a confirmação oficial ainda gere debates entre representantes israelenses e do Hamas.

Como será a troca de reféns?

O acordo discutido recentemente prevê a troca de reféns e prisioneiros entre as partes envolvidas no conflito. Especificamente, inclui a libertação de 33 reféns israelenses em troca de aproximadamente mil prisioneiros palestinos. Essa proposta também inclui a reabertura da passagem de Rafah para entrada de ajuda humanitária em Gaza, uma medida crucial para aliviar a crise humanitária na região.

As expectativas são de que a liberação dos reféns inicie assim que o acordo seja oficializado. Entretanto, ainda há a possibilidade de contestação judicial por parte de grupos insatisfeitos com os termos do pacto. A trégua temporária acordada visa, principalmente, a aliviar as tensões, mas não sela o fim definitivo do conflito.

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Quem são os mediadores nas negociações entre Israel e Hamas?

Diversas figuras desempenham papéis importantes nas negociações entre Israel e o Hamas. O Catar e o Egito destacam-se como principais países mediadores, com o primeiro-ministro catariano e o chefe dos serviços de inteligência egípcios liderando os esforços de mediação. Representantes dos Estados Unidos também se envolveram, buscando facilitar um entendimento entre as partes.

Pelo lado israelense, figuras chave incluem líderes do Mossad e do Shin Bet, que colaboram diretamente com o governo e forças armadas de Israel. Já o Hamas conta com representantes sediados no Catar, que mantêm diálogos constantes com mediadores para elucidar detalhes do possível acordo.

Quais são os principais entraves para a efetivação do acordo?

O caminho para o sucesso das negociações é repleto de entraves. Uma das principais dificuldades está na durabilidade do cessar-fogo proposto. Enquanto o Hamas demanda o fim total dos confrontos, Israel busca garantir que a retomada das hostilidades esteja prevista caso seja necessário após a libertação dos reféns.

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As condições para incursões israelenses em Gaza apresentam outro obstáculo significativo. Os termos do acordo inicialmente divergiam sobre a profundidade permitida para operações militares israelenses dentro do território. A possibilidade de colapso da coalizão de governo em Israel, caso o conflito termine de forma abrupta, também figura como preocupação importante para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Leia também: Massacre em acampamento em Gaza deixa 58 mortos, incluindo crianças

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