
Os confrontos entre a polícia e manifestantes contra o governo da atual presidente do Peru, Dina Boluarte, deixaram 18 mortos nesta segunda-feira (9), sendo o dia mais letal de manifestações.
Os manifestantes exigem a libertação do ex-presidente Pedro Castillo, a antecipação de eleições gerais, a renúncia de Boluarte e o fechamento do Congresso. De acordo com a Ouvidoria da cidade de Juliaca, em Puno, 17 pessoas morram nos confrontos e uma recém-nascida morreu porque não pôde ser levada a um hospital, devido aos bloqueios na estrada.
Até então, o dia mais violento havia sido 15 de dezembro, com oito mortos, segundo a Ouvidoria. O governo aponta os manifestantes como culpados pela violência. O primeiro-ministro do país, Alberto Otárola, afirmou em mensagem televisionada que “mais de 9.000 pessoas se aproximaram do aeroporto e 2.000 dessas pessoas iniciaram um ataque total contra a polícia (…) lamento.”
Os mortos nos confrontos eram jovens entre 21 e 35 anos, além de um menor de 17 anos, segundo os registros da Direção de Saúde de Puno. Em comunicado, o Provedor de Justiça lembrou às Forças Armadas e à Polícia que “têm o dever de cumprir a regulamentação em vigor e as normas internacionais sobre o uso da força”, e que o Ministério Público “deve realizar as investigações necessárias para identificar os responsáveis pelos a perda de vidas humanas (…) a fim de evitar todas as formas de impunidade”.
Pelo menos 17 pessoas foram mortas em confrontos com a polícia no sul do Peru, informou o escritório de direitos humanos do país nesta segunda (9), o dia com mais mortes até agora em meio aos protestos exigindo a libertação do ex-presidente preso Pedro Castillo #LiveCNNBrasil pic.twitter.com/44mFX53SB5
— CNN Brasil (@CNNBrasil) January 10, 2023
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