Com inflação mensal recorde de 25,5%, no primeiro mês de Javier Milei como presidente da Argentina, o Indicador de Consumo da Câmara Argentina de Comércio e Serviços fechou o ano com queda de 2,4% em dezembro em relação a novembro.
De forma geral, os preços estão em disparada desde dezembro no país, quando Milei assumiu a Presidência, desvalorizou a moeda local e acabou com os congelamentos impostos por Alberto Fernández.
Qual foi o desempenho dos itens em dezembro?
- Vestuário e calçado: Setor apresentou um aumento estimado de 4,3% no último mês do ano.
- Transportes e veículos: Teve queda estimada de 7,4% em dezembro, contribuindo negativamente em 0,9% .
- Lazer e cultura: Diminuição de 3,5% em dezembro, explicado por um contexto de aceleração inflacionária onde o rendimento disponível caiu acentuadamente.
- Habitação, rendas e serviços públicos: Registrou queda estimada de 5,8% em dezembro deste ano, o que é explicado principalmente por uma notável diminuição da procura de energia eléctrica.
Consumo em queda
Segundo levantamento feito pela Confederação Argentina da Média Empresa (Came) com comércios varejistas, houve diminuição de 14% nas compras no período. Alimentos e bebidas lideram os cortes.
Ele relata que muitos dos que faziam compras mensais ou semanais passaram a ir ao mercado diariamente. Cenas de clientes trocando de marca ou deixando produtos no caixa ao ver o preço total do carrinho são comuns.“Eu agora mesmo estou publicando 60 promoções nas redes sociais, senão as pessoas não conseguem comprar”, diz ele.