MUDANÇAS CLIMÁTICAS

COP29: chefe da ONU aponta falta de ambição e pede avanço em pactos financeiros

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COP29 – Créditos: depositphotos.com / canyalcin

No recente evento da COP29, realizado em Baku, Azerbaijão, líderes globais enfrentaram o desafio de definir metas financeiras para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Apesar de um aumento em relação ao rascunho inicial, o valor acordado de US$ 300 bilhões anualmente ainda não atende às expectativas de países em desenvolvimento, que defendem um montante de US$ 1,3 trilhão até 2035. O debate insere-se num contexto onde os impactos climáticos exigem ações imediatas e eficazes.

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A COP29 reúne representantes governamentais, organizações não-governamentais, cientistas e outras partes interessadas, todos buscando soluções conjuntas para a crise climática. Porém, o acordo financeiro recém-estipulado deixou muitos países insatisfeitos, visto que não estabelece claramente como os fundos serão arrecadados. A falta de um compromisso financeiro robusto é vista como um empecilho crítico na luta contra a mudança climática.

Acordos financeiros e COP29 na mitigação climática

Os acordos financeiros são fundamentais para viabilizar programas de adaptação e mitigação climática. Esses valores são direcionados para ações que combatem os efeitos das mudanças climáticas, como o fortalecimento de infraestruturas contra desastres naturais e o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. A definição de montantes insuficientes compromete a capacidade dos países em desenvolvimento de implementar tais medidas.

Embora a COP29 tenha definido um valor inicial de US$ 300 bilhões, muitos veem essa quantia como um ponto de partida e não como uma solução definitiva. A ausência de especificações claras sobre a origem dos fundos – seja através de doações, empréstimos ou investimentos privados – gera incertezas quanto à implementação efetiva dessas ações.

Qual é o papel das Nações Unidas e das organizações internacionais?

As Nações Unidas desempenham um papel central na coordenação dos esforços globais para combater as mudanças climáticas. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, enfatizou a urgência de transformar promessas financeiras em ações concretas. Há uma expectativa de que os compromissos assumidos na COP29 avancem rapidamente em direção a resultados tangíveis, pois a mudança climática continua a avançar sem pausa.

Além disso, entidades internacionais e grupos não-governamentais exigem maior responsabilidade e ambição dos países mais ricos, especialmente no que tange ao seu papel histórico nas emissões de gases de efeito estufa. A pressão por parte da sociedade civil é crucial para garantir que as metas acordadas não sejam apenas simbólicas, mas efetivamente implementadas.

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Como a COP30 em Belém pode marcar uma diferença?

Com a próxima edição da conferência climática marcada para novembro de 2025, em Belém, Brasil, há uma enorme expectativa para que os países tragam abordagens mais ambiciosas e planejamentos definidos para os desafios climáticos. A COP30 tem o potencial de se tornar um marco para a efetivação dos compromissos de mitigação climática se as lições das conferências anteriores forem devidamente incorporadas.

Até lá, espera-se que os países apresentem suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), instrumentos-chave no Acordo de Paris, que detalham ações específicas para a sustentabilidade ambiental. Essas contribuições são atualizadas a cada cinco anos, exigindo progressos contínuos e significativos.

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