Durante seis horas, nesta sexta-feira (3), um impasse ocorreu em frente à residência oficial do presidente da Coreia do Sul, envolvendo a polícia, agentes do escritório anticorrupção e a guarda presidencial. A operação, destinada à prisão de Yoon Suk Yeol, foi paralisada devido à resistência dos agentes de segurança da presidência.
“A execução do mandado de prisão era virtualmente impossível devido ao impasse contínuo”, disse o Escritório de Investigação de Corrupção sul-coreano, em um comunicado. “Medidas futuras serão decididas após uma revisão. Expressamos nosso mais profundo pesar pela recusa do suspeito em cumprir os procedimentos legais”.
O que aconteceu na Coreia do Sul?
Uma equipe de 80 agentes do escritório anticorrupção do país foi até a residência oficial de Yoon. O grupo estava acompanhado também de 2,7 mil agentes da força policial em uma tentativa de cumprir um mandado de prisão expedido por um tribunal sul-coreano. O presidente havia se recusado a prestar depoimento sobre sua tentativa de fechar o Congresso e impor a lei marcial em dezembro de 2024.
Em votação, o Parlamento determinou seu impeachment, e pode afastá-lo definitivamente do cargo. Ainda assim, a decisão final sobre o seu afastamento depende do Tribunal Constitucional, permitindo-lhe manter-se na residência oficial com proteção garantida.
O papel da guarda presidencial
A guarda presidencial coreana desempenhou um papel crucial no desfecho do impasse. As crescentes tensões foram alimentadas por apoiadores de Yoon, que se aglomeraram em protesto do lado de fora da residência presidencial, comprometidos em obstruir a prisão do presidente afastado. O gabinete anticorrupção tentou realizar o ato judicial, mas foi forçado a suspender temporariamente a operação devido à forte oposição dos guardas.
Por outro lado, a ordem de prisão que pesa sobre Yoon Suk Yeol não é apenas um procedimento legal – ela ressalta questões relacionadas à integridade política e à legislação sul-coreana. As acusações contra ele abrangem insurreição e abuso de poder, após a declaração de lei marcial que efetivamente suspendeu direitos constitucionais no país. Os investigadores ainda têm uma janela limitada para efetivar a prisão, a qual permitirá uma detenção inicial de até 48 horas.
URGENTE: novas tensões na Coreia do Sul. Policiais estão tentando prender o presidente golpista, mas forças militares tentam resistir. pic.twitter.com/gCITpwGADm
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) January 3, 2025
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