LIBERDADE EM CHEQUE

Educação sexual é banida de todas as escolas da Flórida

O governador Ron DeSantis, considerado um republicano ultraconservador, é pré-candidato à presidência dos EUA em 2024.

Educação sexual é banida de todas escolas da Flórida
A medida foi aprovada pelo Conselho de Educação da Flórida e determina, entre outras regras, a probição de falar sobre educação sexual e identidade de gênero (Crédito Foto: Canva Fotos)

O governo da Flórida, nos Estados Unidos, baniu nesta quarta-feira (19) qualquer aula ou instrução sobre educação sexual e identidade de gênero em todas as séries das escolas públicas do estado.

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A nova lei foi uma proposta do governador republicano Ron DeSantis, considerado um ultraconservador. Ele é pré-candidato à presidência dos Estados Unidos em 2024, e apontado como possível nome para ganhar a disputa interna no partido Republicano contra ex-presidente Donald Trump.

A medida expande a proibição a esse tipo de conteúdo no ensino fundamental do estado, que já estava em vigor desde o segundo semestre de 2022. Trata-se da chamada norma Não diga gay”, que gerou fortes críticas ao governo local, ultraconservador.

A ampliação foi aprovada nesta quarta pelo Conselho de Educação da Flórida, que estabelece tais regras:

– Nenhuma aula nas escolas públicas de todas as séries do estado da Flórida poderá falar sobre educação sexual ou identidade de gênero;

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– A exceção são conteúdos exigidos para a instrução de saúde reprodutora e mesmo assim, estudantes podem optar por não assistir a essas aulas;

– Essa lei, até hoje, era aplicada apenas a alunos do jardim de infância ao 3º ano;

– A proposta entrará em vigor após um período de aviso processual que dura cerca de um mês, segundo um porta-voz do Departamento de Educação do governo local.

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A lei “Não Diga Gay” é uma das principais bandeiras de De Santis e pivô de uma crise sem precedentes entre o governo da Flórida e a Disney. A empresa, que controla um grande complexo de parques de diversões na Flórida, se opôs publicamente à medida.

De Santis retaliou a empresa fazendo um lobby com os deputados estaduais aliados, que aprovaram a devolução do território da Disney ao governo. Os parques ficavam em uma espécie de território autônomo, status concedido em 1967 que criou um governo local.

O comissário de Educação da Flórida, Manny Diaz Jr., que disse que o objetivo da nova proibição era esclarecer a confusão em torno da lei existente e “reforçar que os professores não deveriam se desviar dos currículos existentes”.

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Os críticos da lei argumentam que a medida marginaliza as pessoas LGBTQIA+, além de possuir termos vagos que resultam em autocensura dos professores. O presidente dos EUA, Joe Biden, já chamou a “Não Diga Gay” de “lei odiosa”.

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