Neste domingo (20), a Igreja Católica reconheceu a italiana Elena Guerra como santa em uma cerimônia no Vaticano. Elena, conhecida como a “Apóstola do Espírito Santo”, nasceu em 23 de junho de 1835, na cidade de Lucca, na Toscana, às margens do rio Serchio.
Desde jovem, ela se dedicou ao cuidado dos enfermos durante a pandemia de cólera que assolou a Europa, e mais tarde investiu seu tempo na meditação e estudo das escrituras enquanto se recuperava de uma doença debilitante.
Nova santa católica
Recuperada de sua enfermidade, Elena Guerre teve impacto significativo no avanço das obras católicas, criando a Associação de Amigas Espirituais em 1865. Esse grupo evoluiu para a Congregação das Irmãs de Santa Zita, que se tornou um marco em sua jornada religiosa.
Seu trabalho foi incentivado pelo Papa Leão XIII, e ela deixou um legado de devoção e amor ao próximo quando faleceu em 11 de abril de 1914. Décadas após sua morte, em 1959, Elena Guerra foi beatificada pelo Papa João XXIII.
O processo de canonização é rigoroso e demorado, segundo informa o Aventuras na História. A primeira etapa requer a comprovação da fama de santidade do candidato por meio de uma investigação extensiva. A beatificação, a primeira grande etapa desse caminho espiritual, acontece após a comprovação de um milagre realizado postumamente. Um segundo milagre, novamente comprovado após a beatificação, é necessário para que a canonização ocorra, como no caso de Elena Guerra.
A investigação do milagre é um dos componentes cruciais, e esse escrutínio detalhado garante que somente indivíduos exemplares, que tenham realizado ou inspirado milagres, sejam elevados à santidade. Elena Guerra teve seu segundo milagre reconhecido em 2023 pelo Papa Francisco, culminando na sua canonização.
Milagre atribuído a Elena Guerra no Brasil
O segundo milagre atribuído a Elena Guerra ocorreu no Brasil, em 2010, na cidade de Uberlândia, Minas Gerais. Paulo Gontijo, um enfermeiro de 49 anos, sofreu um grave acidente, resultando em um traumatismo craniano severo. Após ser submetido a um protocolo de morte encefálica e receber prognósticos desanimadores, um pedido de oração foi feito por sua família. Imediatamente após receber a extrema unção, Paulo surpreendentemente começou a mostrar sinais de recuperação.
A recuperação gradual de Paulo foi meticulosamente documentada e investigada pela Diocese de Uberlândia. Em 2013, o caso foi enviado ao Vaticano, onde passou por uma série de exames e verificações antes de ser aceito como um milagre por representantes da Igreja.