A embaixadora da Nicarágua que expulsa do Brasil nesta quinta-feira (8), Fulvia Patricia Castro Matu, se tornará ministra da Economia Familiar. Quem confirmou a informação foi a vice-presidente do país, Rosario Murillo, no dia em que a representante diplomática voltava para o seu local de origem.
O comunicado foi transmitido pela televisão estatal da Nicarágua. De acordo com a vice, a nomeação virá do próprio presidente Daniel Ortega. Na declaração, Murillo, que é casada com Ortega, não utilizou a palavra “expulsão” para se referir à crise diplomática. “Vamos adiante, sempre além“, disse.
Embaixadora expulsa: Brasil X Nicarágua
A expulsão Castro Matu foi uma resposta de Lula a retirada forçada do embaixador brasileiro em Nicarágua, Breno de Souza. A notícia sobre a decisão do presidente nicaraguense foi revelada primeiramente pela imprensa local e confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) nesta quinta-feira (8).
As relações entre os países já estavam desgastadas desde as últimas semanas. Isso porque a embaixada brasileira não enviou representantes oficiais para as celebrações em homenagem aos 45 anos da Revolução Sandinista, que aconteceram em Manágua em 19 de julho.
Conforme o Itamaraty, o Brasil não foi ao evento em decorrência do congelamento das relações diplomáticas entre os dois países. A distância começou quando o governo da Nicarágua decidiu prender padres e bispos em uma ofensiva à Igreja Católica em 2022.
Além das detenções, Daniel Ortega ordenou o confisco de imóveis e a dissolução de ordens jesuítas. O Brasil, por sua vez, tentou mediar o conflito entre Manágua e o Vaticano. Diante deste cenário, o governo Lula decidiu congelar as relações durante um ano.