Ícone do site

Equipe de Massa vai ao FMI com inflação ‘na mão’; objetivo é conseguir mais dólares

Published 09/06/2023
Equipe de Massa vai ao FMI com inflação 'na mão'; objetivo é conseguir mais dólares

A equipe de Sergio Massa (à esq.) viajará a Washington para se reunir com diregentes do FMI (Crédito Foto: Assessoria de Imprensa/Ministério da Agricultura)

A equipe e o ministro Sergio Massa terão a favor um importante dado econômico que muitos analistas e líderes políticos apontaram como seu principal ponto fraco: a inflação.

Com um calendário feito cuidadosamente, a equipe de Massa irá a Washington no dia 16 de junho para fechar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e conseguir um empréstimo extra, que contém um montante essencial para continuar com o poder de fogo intacto diante de novas tentativas de desvalorização.

Segundo fontes próximas ao ministro confidenciaram à Perfil, a data não é um mero capricho. O relatório, feito pela equipe que Massa enviará para negociar com o FMI com os últimos detalhes do acordo, conterá o resultado do Índice de Preço de Consumo (IPC) de maio, que será divulgado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC) em 14 de junho.

“Os números de maio e o recorte da primeira quinzena de junho vão mostrar com números o efeito devastador da não intervenção”, disse um dos principais idealizadores da estratégia de negociação com o FMI.

Segundo apurou a Perfil em fontes do Ministério do Comércio, liderado por Matías Tombolini, “a inflação na primeira semana de junho foi de 0%” e este comportamento se deveu ao fato de “os… [preços] majoritários, desta vez, terem se portado bem”.

Além dos acordos realizados para cuidar dos preços, o cenário de estabilidade financeira, com os dólares paralelos calmos e até em queda, foi “fundamental” para que não haja mais deslizes nos preços dos insumos para o restante da cadeia produtiva.

O relatório a ser apresentado é fundamental para o ministro Massa e é por isso que ele “prorrogou” as negociações para ter dados concretos que permitam pressionar o FMI, não apenas para adiantar os US$ 10,6 bilhões correspondentes a todo o ano de 2023, mas também um adiantamento extra de US$ 1,8 bilhão em 2024.

Mas o mais importante, que complementa essa conquista, será a permissão estendida para intervir em caso de nova pressão cambial. “A intervenção está garantida. Se eles nos dissessem que não, não havia acordo”, admitiu uma fonte qualificada do governo.

O que resta a ser acordado é quanto desse valor total poderá ser usado como um fundo de poupança. Se tudo correr bem, no dia 20 de junho o ministro Massa estará em Washington para a foto da assinatura do acordo.

*A reportagem completa você encontra no site da Perfil.com

Sair da versão mobile