
Frederik Willem de Klerk, ex-presidente da África do Sul, morreu nesta quinta-feira (11), aos 85 anos. Diagnosticado em março com mesotelioma, um câncer que afeta o tecido que reveste os pulmões, o sul-africano não resistiu e deixou esposa, filhos e netos.
De acordo com à CNN, em um comunicado a Fundação FW de Klerk diz: “É com a mais profunda tristeza que a Fundação FW de Klerk anuncia que o ex-presidente FW de Klerk morreu pacificamente em sua casa em Fresnaye no início desta manhã após sua luta contra o câncer de mesotelioma”.
O ex-presidente teve um papel muito importante para a África do Sul. Foi o responsável por mudar a história e trazer o marco de libertar Nelson Mandela com o fim do Apartheid. Motivo esse, pelo qual ganhou o prêmio Nobel da Paz, junto a Mandela em 1933. FW Klerk, foi o último presidente branco a governar o país de 1989 a 1994 e Nelson Mandela, seu sucessor e primeiro presidente negro do país.
Nascido em Johanesburgo, Frederik Willem de Klerk realizou várias mudanças desde que entrou no poder. Eleito pelo Partido Nacional, ele tirou da ilegalidade o Congresso Nacional Africano (CNA). Quando entrou no governo, o Apartheid já existia a 41 anos, adotado em 1948, pelo pastor protestante, Daniel François Malan. Foi um movimento que significava separação, no qual os direitos dos habitantes foram dominados pela minoria branca e a cor definia o que podia ou não podia.
Nelson Mandela que foi preso em 1962, por 27 anos, pela oposição ao regime de segregação racial, se tornou referência na luta pelo fim do Apartheid. Ele defendia uma sociedade justa e democrática. Solto em 1990 pelo ex-presidente FW Klerk, após quatro anos se tornou presidente eleito democraticamente.
O prêmio Nobel da Paz, foi dado a Frederik Willem Klerk e Nelson Mandela em 1993, se tornando o principal ponto de transformação e de uma nova gestão na África do Sul.
Morreu De Klerk. Contra muitos do seu campo, abriu as portas a uma mudança radical na África do Sul. Quis a sorte que encontrasse, do outro lado, uma figura excecional, chamada Nelson Mandela. O país de ambos, nos dias de hoje, não parece à altura da estatura desses dois homens. pic.twitter.com/AOVgHUX3im
— Francisco Seixas da Costa (@seixasdacosta) November 11, 2021