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Explosões em cemitério matam mais de 100 pessoas no Irã

Published 03/01/2024
Duas explosões no Irã mataram pelo menos 103 pessoas e feriram 170 que caminhavam em procissão para o túmulo de Qassem Soleimani.

Equipe de resgate realiza primeiros atendimentos - Crédito: Reprodução / Redes Sociais

Duas explosões no Irã mataram nesta quarta-feira (3) pelo menos 103 pessoas que caminhavam em procissão para o túmulo de Qassem Soleimani, o general iraniano morto por um ataque com drone dos Estados Unidos em 2020. Outras 170 ficaram feridas, segundo serviços de emergência do Irã.

Segundo autoridades locais, o grupo tinha a intenção de homenagear Soleimani pelos quatro anos de sua morte. O general era ex-comandante da Guarda Revolucionária do Irã e uma das pessoas mais influentes no país quando morreu, em 3 de janeiro de 2020.

A televisão estatal iraniana relatou que a primeira explosão foi a 700 metros do túmulo de Soleimani, e a segunda a um quilômetro de distância, enquanto as pessoas visitavam o local. Informações iniciais eram de que o estouro foi causado pela explosão de botijões de gás. Autoridades locais, porém, já tratam o incidente como ato terrorista. 

A TV estatal mostrou socorristas do Crescente Vermelho atendendo os feridos. O ministro de Interior iraniano, Ahmad Vahidi, prometeu uma “resposta retumbante” ao suposto ataque. Nenhum grupo extremista assumiu o ato até o momento.

General iraniano

Soleimani foi um dos homens mais poderosos do Irã. Ele era chefe da Força Quds da Guarda Revolucionária, uma unidade de elite que lida com as operações no exterior e foi considerada uma organização terrorista pelos EUAÀ época, o Pentágono, que comandou o ataque, alegou que Soleimani estava por trás de mortes de soldados norte-americanos no Oriente Médio e planejava futuros ataques iranianos.

Conhecido como o “comandante sombra” do Irã, Soleimani – que liderou a Força Quds desde 1998 – foi o mentor das operações militares iranianas no Iraque e na Síria.Soleimani foi morto por um ataque aéreo americano ordenado pelo ex-presidente Donald Trump no Aeroporto Internacional de Bagdá há quatro anos.

* Texto sob supervisão de Cleber Stevani.

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