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FMI confirma aporte de US$ 7,5 bilhões na Argentina

Published 24/08/2023
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(Crédito: Canva)

Uma boa notícia para Argentina, o país conseguiu um aporte do Fundo Monetário Internacional (FMI) para ajudar a restabelecer os hermanos.

O Fundo confirmou na quarta-feira (23) a aprovação do desembolso de cerca de US$ 7,5 bilhões (R$ 36,59 bilhões) à Argentina através do programa de assistência Extended Fund Facility (EFF). Com o novo acordo, o montante total liberado pelo instrumento para o país sul-americano chega a US$ 36 bilhões (R$ 175,64 bilhões).

Órgão enfatizou que, até o término de junho de 2023, a Argentina não conseguiu atender plenamente as metas cruciais estabelecidas no programa de reestruturação. Essa situação foi atribuída tanto aos impactos da severa seca histórica enfrentada pelo país quanto aos deslizes identificados na condução da política econômica.

O Conselho aprovou dispensa de não observância associada à introdução de medidas temporárias que deram origem à intensificação de restrições cambiais.

“Foram também aprovadas alterações à meta de acumulação de reservas, bem como ao equilíbrio orçamental primário e ao financiamento monetário das metas do déficit, juntamente com um compromisso de implementar um novo pacote de políticas para corrigir retrocessos políticos, salvaguardar a estabilidade e garantir os objetivos do programa”, disse o FMI em comunicado.

A decisão do FMI acontece depois da vitória inesperada do candidato de extrema direita, Javier Milei, nas eleições primárias do país. O dólar paralelo, conhecido como dólar blue, atingiu cotação máxima, o que fez com que o Banco Central local congelasse o câmbio oficial.

Na semana passada, o Banco Central argentino decidiu pela elevação de 22% do dólar oficial, que agora vale 350 pesos. De acordo com o jornal local La Nación, o câmbio estará congelado até outubro, quando acontecem as eleições oficiais no país. Além disso, o BC argentino também elevou a taxa básica de juros da economia para 118% ao ano, o maior patamar em 20 anos.

Javier Milei é candidato à presidência da Argentina pelo partido A Liberdade Avança, ele teve 30,06% dos votos nas prévias das eleições.

Na economia, o objetivo do candidato é dolarizar o país e fechar o Banco Central. Por conta disso, sua vitória nas primárias preocupou e movimentou fortemente o mercado financeiro. O resultado político representa uma incerteza econômica no país, que vive uma onda de saques.

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