Os incêndios florestais da Grécia se tornaram tão graves que o governo emitiu novas ordens de evacuações de Atenas nesta segunda-feira (12). O fogo se aproxima da capital e, de acordo com a agência de notícia Reuters, provocou a saída de moradores de mais de 25 vilarejos.
“As forças da Proteção Civil lutaram duramente durante toda a noite, mas, apesar dos esforços sobre-humanos, o fogo continua sua rápida propagação”, disse o porta-voz dos bombeiros, Vassilis Vathrakogiannis, à imprensa.
A agência AFP afirmou que o governo grego chegou a pedir ajuda da União Europeia para combater o fogo. Até o momento, não há relatos de mortes, mas 13 pessoas já foram tratadas por socorristas por inalação de fumaça e dois bombeiros receberam tratamento para queimaduras.
Além disso, dois hospitais já foram evacuados – um infantil, e outro militar. 29 crianças foram transferidas para estabelecimentos da capital.
“Sigam as instruções das autoridades”, afirmam as mensagens da Proteção Civil enviadas aos moradores da região, com explicações sobre onde procurar ajuda.
As autoridades disponibilizaram o Estádio Olímpico OAKA, localizado ao norte de Atenas, para acolher milhares de indivíduos.
Chamas com 25 metros de altura
Os moradores da cidade de Maratona, localizada a 40 km de Atenas, deixaram a região no último domingo e foram realocados para Nea Makri.
“Enfrentamos uma catástrofe de proporções bíblicas. Todo o nosso município está envolvido pelas chamas”, disse o prefeito da cidade, Stergios Tsirkas, à emissora Skai.
De acordo com o canal ERT, o ponto principal do incêndio mede mais de 30 quilômetros e conta com algumas chamas que tem mais de 25 metros de altura.
Incêndios na Grécia
Todo ano a Grécia é atingida por vários incêndios. Porém, desta vez, a situação é mais grave por causa do inverno mais quente já registrado e da onda de calor mais precoce na sua história.
Para esta segunda-feira, a previsão meteorológica indica uma temperatura máxima de 29ºC e rajadas de vento que podem chegar a 50 km/h.
O país atrai muitos turistas no verão, e o intenso calor resultou no fechamento da Acrópole em diversos dias durante os períodos mais quentes. Cientistas apontam que as alterações climáticas tornam eventos extremos, como ondas de calor, mais recorrentes e severos.