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Greve na Islândia pode ‘prender’ turistas no país

O movimento reivindica um reajuste salarial por conta do aumento da inflação no país.

Greve na Islândia pode 'prender' turistas no país
É possível que voos internacionais sejam cancelados neste final de semana (Crédito: Flickr)

Na Islândia, caminhoneiros de empresas petrolíferas e funcionários do setor hoteleiro promoveram uma greve que colocou a população local e turistas em estado de alerta.

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O movimento, que se iniciou na quarta-feira (15), reivindica um reajuste salarial por conta do aumento da inflação no país. Impactado principalmente pela crise do Euro, mesmo que o país não faça parte da União Europeia e da zona do Euro.

Kellen Bull, influenciadora que vive na Islândia, disse à CNN que com o setor hoteleiro e os principais hotéis do país fechados (segundo informações divulgadas pelo jornal local Reykjavík Grapevine) é provável que não haja mais vagas de quartos para turistas. Além da acomodação, os visitantes também não conseguirão se locomover aos pontos turísticos, por conta da falta de gasolina.

A falta de combustível também pode interferir nos voos. É possível que voos internacionais sejam cancelados neste final de semana, impossibilitando tanto a chegada quanto a saída de turistas.

Apoio popular

Mesmo com as consequências, a greve possui um grande apoio popular e, inclusive, conta com protestos na rua. A influenciadora contou que com a repercussão mais movimentos podem aderir à greve. “Está tendo bastante apoio popular, com manifestação nas ruas e a expectativa é de que mais movimentos sindicais adotem a greve”, disse Kellen.

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Lara Yumi, uma garçonete brasileira que também vive no país e tem participado das manifestações, disse à CNN as principais reivindicações do movimento. “Além do aumento do salário, também pedem uma ajuda de custo, já que o custo de vida na capital ficou mais caro e o aluguel praticamente dobrou, mas eles não concordaram. O custo não tem acompanhado os nossos ganhos”, relatou Lara.

A brasileira também contou que as principais lideranças políticas do país não estão a favor do movimento. “A gente tenta ser ouvido pelo governo. A primeira-ministra (Katrín Jakobsdóttir) chegou até a se reunir com um representante nosso, mas não houve avanço. Do ponto de vista político, os três principais partidos da Islândia são contra os movimentos, mas os menores estão apoiando”, disse a garçonete.

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