A inflação anual na zona do euro bateu mais um recorde em junho, atingindo 8,6% em comparação com o mesmo mês de 2021, anunciou o Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) nesta terça-feira (19).
A inflação na zona do euro nunca foi tão alta desde a adoção da moeda comum, em 1999. Desde meados do ano passado, a inflação tem aumentado de forma constante e batido seguidos recordes. Em maio, a inflação anual havia sido de 8,1%.
A guerra na Ucrânia e as medidas de combate à pandemia na China, que também afetaram as cadeias de fornecimento globais, influenciaram o aumento dos preços. As taxas de inflação mais altas na zona do euro foram registradas nos três Estados bálticos: Estônia (22,0%), Letônia (19,2%) e Lituânia (20,5%).
Outro fator que influenciou a escalada da inflação europeia foi o forte aumento dos preços da energia, que subiram 42% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
A inflação da zona do euro atingiu mais um recorde em junho. Quase metade da alta resultou do pico dos preços da energia, segundo a agência de estatísticas da União Europeia. A analista de economia da CNN @priscilayazbek explicou o cenário econômico da Europa #LiveCNNBrasil pic.twitter.com/QG1ZHXxaGi
— CNN Brasil (@CNNBrasil) July 19, 2022
Resposta do Banco Central
O Banco Central Europeu (BCE) manteve a perspectiva de determinar nesta quinta-feira a primeira alta da taxa de juros básica da zona do euro em onze anos. A expectativa é de uma alta de 0,25 ponto percentual. A principal taxa de juros básica determinada pelo BCE está hoje em -0,50%.