La Niña traz chuvas e secas extremas para o Brasil!

Entenda os impactos do fenômeno La Niña no Brasil em 2024

La Niña traz chuvas e secas extremas para o Brasil!
– Crédito: Divulgação/Inmet

Depois de um período longo sob a influência do fenômeno El Niño, que trouxe um inverno mais quente e seco para o Brasil, todas as atenções se voltam agora para o La Niña. Este fenômeno, oposto ao El Niño, caracteriza-se pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico e traz consigo várias consequências climáticas. É importante entender qual será a intensidade desse fenômeno e quais impactos ele poderá trazer, especialmente em tempos de mudanças climáticas.

Publicidade

O La Niña, segundo previsões dos especialistas, deverá ser fraco este ano. A climatologista Francis Lacerda, do Instituto Agronômico de Pernambuco, em uma entrevista ao programa Natureza Viva da Rádio Nacional da Amazônia, ressaltou que os sinais do La Niña já começaram há dois meses, porém, de maneira mais lenta do que o habitual. Segundo Francis, é possível que os efeitos costumeiros do fenômeno não sejam sentidos com a mesma intensidade de outros anos.

Resfriamento do Atlântico e La Niña: Desafios climáticos para o Brasil
Oceano Atlântico – Créditos: depositphotos.com / karelstudio

La Niña: O que esperar em 2024?

O La Niña, fenômeno conhecido pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, causa uma série de mudanças climáticas. De acordo com Francis Lacerda, a La Niña provoca um aumento nas chuvas no Nordeste do Brasil e uma tendência de seca na Região Sul, Centro-Oeste e Sudeste. Com o início do processo de resfriamento, observado há dois meses, a previsão é que o fenômeno se apresente de forma mais leve em 2024.

Os modelos de previsão climática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que a probabilidade do La Niña aumentar nos meses de outubro, novembro e dezembro é alta, chegando a 60%. Essa previsão traz uma expectativa de chuvas acima da média em várias regiões como Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais ao longo desses meses.

Como o La Niña afeta as diferentes regiões do Brasil?

Os efeitos do La Niña são variados e afetam diferentes partes do Brasil de formas distintas. No Nordeste, é esperado que o fenômeno traga mais chuvas, o que pode ser positivo para a agricultura e os reservatórios de água. Por outro lado, o Sul, grande parte do Centro-Oeste e Sudeste devem enfrentar secas.

Publicidade
  • Nordeste: aumento nas chuvas.
  • Sul: risco maior de seca.
  • Centro-Oeste e Sudeste: também enfrentam a possibilidade de seca.

Essas variações climáticas podem impactar significativamente a vida dos brasileiros, especialmente aqueles que dependem diretamente do clima para a agricultura e pecuária.

Quais são os desafios trazidos pelas mudanças climáticas?

A climatologista Francis Lacerda enfatiza que o agravamento das mudanças climáticas é um fator crucial a ser considerado. Durante a última Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade do multilateralismo para enfrentar desafios climáticos. Segundo Francis, as ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa ainda encontram resistência em setores econômicos, especialmente no agronegócio.

Setores como o agronegócio, que é um dos pilares da economia brasileira, muitas vezes resistem às mudanças necessárias para reduzir seu impacto ambiental. Essa resistência ocorre porque a produção de commodities, como carne e soja, geralmente implica em desmatamento e uso intensivo de recursos naturais, contribuindo para o descontrole climático.

Publicidade

Qual o impacto do La Niña nos incêndios florestais?

Outro ponto levantado por Francis Lacerda é a questão dos incêndios florestais. Segundo a climatologista, a maioria dos incêndios que ocorrem no Brasil, especialmente na Amazônia, Cerrado e Pantanal, são de origem humana. A previsão de condições mais secas nas regiões sul e central do país pode exacerbar esses incêndios.

  • Monitoramento constante via satélites.
  • Alertas de fogo e ações preventivas.
  • Controle rigoroso em áreas de proteção ambiental.

Esses incêndios têm consequências devastadoras para o meio ambiente e a biodiversidade, além de afetarem a saúde humana e a economia.

Em resumo, a expectativa em torno do fenômeno La Niña em 2024 é de que este seja mais fraco e seus efeitos possam ser menos intensos do que o habitual. Mesmo assim, é fundamental estar atento às mudanças climáticas e aos desafios que elas trazem, promovendo ações para minimizar seus impactos.

Publicidade

Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.