Opositores do governo de Nicolás Maduro na Venezuela denunciaram a prisão da líder do movimento, María Corina Machado, durante uma manifestação em Caracas nesta quinta-feira (9). Partidos da oposição organizaram atos de protesto à posse do presidente, que acontecerá na sexta-feira.
As informações foram divulgadas pela imprensa local. De acordo com assessores, sua localização é desconhecida. Seu partido alegou nas redes sociais que membros do governo de Maduro atacaram as motos que transportavam a ativista.
Esta foi a primeira aparição pública de María Corina em cinco meses nesta quinta-feira. Anteriormente, ela afirmou que estava sendo perseguida.
Quais são as acusações contra María Corina Machado?
A líder opositora enfrenta várias acusações pelo Ministério Público da Venezuela, que alegam seu envolvimento em atividades consideradas subversivas pelo governo. Embora impedida de concorrer às eleições de 2024, Machado continua ativa politicamente, apoiando candidatos da oposição e criticando publicamente o governo Maduro.
Em meio a estas acusações, Machado afirmou em artigo publicado no “The Wall Street Journal” que permanece escondida por temer por sua segurança pessoal. Essa situação complicada reflete a realidade de muitos opositores ao regime de Maduro, que relatam perseguições e pressões constantes.
Como está a oposição na Venezuela?
A oposição na Venezuela enfrenta um contexto desafiador, mas continua mobilizada em suas tentativas de promover mudanças políticas no país. Recentemente, grupos de oposição e seus apoiadores realizaram manifestações em todo o país, buscando pressionar o governo antes da posse presidencial marcada para o dia seguinte.
Essas manifestações refletem um crescente descontentamento com o governo de Nicolás Maduro e a esperança de muitos venezuelanos de que uma mudança política ainda seja possível. No entanto, a repressão contra líderes opositores e manifestantes continua sendo uma realidade presente.
As disputas em torno das eleições
O ambiente eleitoral na Venezuela é marcado por disputas e alegações de irregularidades. Tanto a oposição quanto os apoiadores de Maduro reivindicaram vitória nas eleições de julho, sem que resultados definitivos fossem divulgados pelas autoridades eleitorais controladas pelo governo.
Neste contexto, Edmundo González, candidato apoiado pela oposição, alega ter vencido as eleições em julho. A oposição divulgou seus próprios números de votos como evidência, recebendo apoio de governos internacionais, incluindo os Estados Unidos, que reconhecem González como presidente eleito.
Lo dijimos, hoy nos encontrábamos en todas las calles de Venezuela y el mundo.
Yo estoy aquí, contigo, y HASTA EL FINAL. pic.twitter.com/ELeZlYNlcg
— María Corina Machado (@MariaCorinaYA) January 9, 2025
Leia também:
Siga a gente no Google Notícias