A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, convocou, através de suas redes sociais, novos protestos globais “pela liberdade da Venezuela” no dia 28 de setembro. Segundo um vídeo publicado no sábado, 14, a manifestação tem três objetivos principais: o reconhecimento de Edmundo González como presidente eleito do país, que Maduro assuma a derrota e o fim dos crimes contra a humanidade.
“A voz dos venezuelanos chegará a todos os cantos do mundo”, enfatizou a convocatória de María Corina Machado. Essa nova onda de protestos visa amplificar a pressão internacional sobre o governo de Nicolás Maduro.
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Crise política e reconhecimento de Edmundo González
Edmundo González Urrutia disputou as eleições presidenciais de 28 de julho contra Nicolás Maduro, deixando a Venezuela no dia 7 de setembro rumo à Espanha, onde pediu asilo político. Desde então, María Corina Machado vem promovendo diversas ações e marchas, como uma em Madri no último dia 10 de setembro, em apoio a González.
A crise política na Venezuela se intensificou com a contestação dos resultados das eleições. Embora o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) tenha ratificado a vitória de Maduro com validação do Supremo Tribunal de Justiça, muitos questionam a transparência do processo eleitoral.
A eleição venezuelana envolveu o uso de urna eletrônica e voto impresso, e a falta de especificação das atas eleitorais gerou desconfiança. Mais de 40 países da ONU pedem que essas atas de votação sejam divulgadas para garantir a legitimidade do processo.
Dentro desse cenário conturbado, a oposição busca criar conscientização global sobre a situação política da Venezuela. A segurança e a transparência do sistema eleitoral são temas cruciais. O reconhecimento internacional de Edmundo González como presidente é uma das principais metas da oposição.
Como os manifestantes planejam sustentar o movimento?
Os organizadores dos protestos têm utilizado amplamente as redes sociais para mobilizar a diáspora venezuelana e simpatizantes da causa ao redor do mundo. As manifestações passadas, como a marcha em Madri, mostraram a capacidade de reunir apoiadores internacionalmente.
- Mobilização online: Utilização de hashtags e campanhas virais para chamar a atenção para a causa.
- Parcerias internacionais: Cooperação com ONGs e grupos de direitos humanos para fortalecer a pressão sobre o governo de Maduro.
- Persistência nas ruas: Manter a presença contínua para demonstrar a insatisfação popular em larga escala.
Esses métodos visam manter a chama dos protestos acesa até que mudanças tangíveis ocorram na política venezuelana. María Corina e seus aliados estão determinados a usar todas as ferramentas disponíveis para alcançar seus objetivos.