As eleições presidenciais nos Estados Unidos, programadas para 5 de novembro de 2024, atraem a atenção mundial devido ao impacto potencial de seus resultados na geopolítica global. A democrata Kamala Harris enfrenta o ex-presidente Donald Trump, candidato do Partido Republicano, numa disputa que mobiliza não apenas os americanos, mas também líderes e analistas políticos em todo o mundo.
Nesta sexta-feira, 1, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva manifestou interesse particular nessas eleições, expressando suas preocupações sobre o cenário político internacional. Sua preocupação central gira em torno do fortalecimento da democracia e do ressurgimento de discursos de extrema-direita.
🇧🇷 “Obviamente fico torcendo para a Kamala ganhar as eleições”, diz Lula para a TV francesa TF1.
“A Kamala Harris ganhando as eleições é muito mais seguro para gente fortalecer a democracia nos EUA”, afirmou. pic.twitter.com/dK0Vmtb97D
— Eleições em Pauta (@eleicoesempauta) November 1, 2024
Quais são os possíveis impactos da vitória de Donald Trump?
Uma possível vitória de Trump levanta receios tanto políticos quanto econômicos em vários países, incluindo o Brasil. Politicamente, teme-se que sua retórica de extrema-direita possa desencadear um efeito dominó em regiões vulneráveis a discursos conservadores, especialmente na América Latina. Esse cenário foi observado anteriormente quando, em 2016, sua vitória coincidiu com a ascensão de líderes semelhantes em outras partes do mundo.
Economicamente, o Palácio do Planalto teme a valorização do dólar, que pode aumentar a pressão inflacionária no Brasil. Uma moeda americana mais forte poderia tornar as exportações brasileiras menos competitivas, além de encarecer as importações, especialmente de insumos industriais e agrícolas.
Qual é a posição de Kamala Harris e como ela se destaca nas eleições?
Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos, representa a continuidade das políticas democratas, focando no fortalecimento das instituições democráticas e no combate a desigualdades sociais. Sua candidatura é vista como um contraponto ao conservadorismo extremo, apelando para eleitores que valorizam a diversidade e a inclusão.
Harris enfatiza também a importância de reconstruir alianças internacionais e reverter políticas de isolamento que marcaram a administração Trump. Seu foco é promover uma agenda que prioriza o meio ambiente, direitos humanos e o multilateralismo.
Como o Brasil vai se preparar para diferentes cenários após as eleições?
Diante das incertezas com as eleições norte-americanas, o Brasil, sob a liderança de Lula, está tomando medidas preventivas para mitigar os possíveis impactos econômicos. A equipe econômica brasileira defende uma revisão de gastos públicos, preparando um pacote de medidas fiscais para proteger a economia local.
A ênfase em disciplina fiscal e a busca por estabilidade econômica são estratégias para garantir que, independentemente do desfecho eleitoral nos EUA, o Brasil mantenha seu crescimento econômico e controle inflacionário.
Independentemente do resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos, as repercussões serão sentidas globalmente, influenciando desde acordos comerciais até alianças diplomáticas. No Brasil, a expectativa é de que o governo esteja preparado para adaptar suas políticas, promovendo uma economia robusta e menos suscetível a choques externos.