Um bloco de seis partidos de oposição ao governo na Coreia do Sul apresentou um pedido de impeachment contra o presidente Yoon Suk Yeol, nesta quarta-feira (4) ,após a crise gerada pelo decreto de lei marcial.
As informações são da agência de notícias Associated Press (AP). Poucas após o decreto, que restringe os direitos civis o presidente recuou e revogou a medida ainda na terça-feira (3).
A oposição, dominada pelo Partido Democrático, já havia tomado medidas importantes antes do decreto, incluindo uma tentativa de impeachment do presidente. Com o controle majoritário da Assembleia Nacional, os partidos oposicionistas se uniram contra Yoon, considerando suas ações uma tentativa de usurpar os princípios democráticos do país.
Presidente e o decreto de lei marcial; oposição reage
A decisão do presidente Yoon de impor a lei marcial foi recebida com grandes protestos dentro e fora do governo, de acordo com o g1. A Assembleia Nacional, alvo central das ações de Yoon, teve suas operações suspensas temporariamente, mas isso não impediu que os deputados opositores se mobilizassem com rapidez.
Com a presença de forças especiais da polícia ao redor do prédio legislativo, os deputados conseguiram realizar uma sessão emergencial e rejeitar a lei marcial proposta.
O líder oposicionista Lee Jae-Myung afirmou que a medida era ilegítima e deveria ser desconsiderada. Em resposta à decisão do governo, dezenas de milhares de cidadãos sul-coreanos foram às ruas, reforçando ainda mais a pressão sobre o governo Yoon.
A ação foi amplamente rejeitada, culminando em uma crise de governança que intensificou os protestos populares exigindo a revogação da lei e até mesmo chamando por punições ao presidente.
Relação entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte
Durante este período tumultuado, as relações entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte permaneceram tensas. O clima de constante ameaça envolvia trocas de retórica agressiva entre as nações, entre elas exercícios militares provocativos e o teste de armamentos sofisticados.
A abordagem mais beligerante da Coreia do Norte contra o Sul foi em parte uma reação ao fortalecimento das alianças militares entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
Os últimos acontecimentos também viram a Coreia do Norte anunciar um estado de prontidão bélica, ordenado pelo líder Kim Jong-un. Essas ações reforçam a percepção de que os desafios de segurança nacional da Coreia do Sul estão intrinsecamente ligados à sua relação com Pyongyang.
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— Al Jazeera English Podcasts (@AJEPodcasts) December 4, 2024
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