O PIB do terceiro trimestre da economia norte-americana havia subido 3,2%. O aumento no último trimestre do ano refletiu principalmente em avanços nos investimentos e nos gastos do consumidor e do governo. Vale dizer que os gastos dos consumidores representam mais de dois terços da atividade econômica de todo o país.
A estimativa feita pelo Departamento de Comércio dos EUA é feita baseada em dados ainda incompletos ou sujeitos a revisão posterior pela agência de estatísticas. Uma segunda estimativa, baseada em dados mais completos, será divulgada em 23 de fevereiro, segundo o g1.
Essa foi a segunda alta trimestral seguida, após uma sequência de duas quedas consecutivas, o que havia deixado os analistas preocupados se a economia do país estaria numa recessão. No segundo trimestre de 2022, a economia dos EUA registrou queda de 0,6%.
Segundo o g1, esse trimestre pode ser o último de crescimento sólido antes dos efeitos defasados do ciclo mais rápido de aperto da política monetária do Federal Reserve (BC dos EUA) desde os anos 1980. A maioria dos economistas tem a expectativa de uma recessão até o segundo semestre deste, porém, suave em comparação com as recessões anteriores, diz a Reuters.
RESULTADOS
No último ano, o aumento foi de 2,1%, em comparação à alta de 5,9% em 2021. Esse resultado positivo se deu principalmente a alta nos gastos do consumidor, nas exportações e nos investimentos.
Enquanto no quarto trimestre, o PIB em dólares correntes registrou alta de 6,5% a uma taxa anual, ou US$ 408,6 bilhões, para o total de US$ 26,13 trilhões. Já no terceiro trimestre, o PIB aumentou 7,7%, ou US$ 475,4 bilhões.
Em 2022, o PIB em dólares correntes aumentou 9,2%, ou US$ 2,15 trilhões, para o total de US$ 25,46 trilhões, em comparação com o aumento de 10,7%, ou US$ 2,25 trilhões, no ano anterior.
PERSPECTIVA GERAL
O quarto trimestre do ano em comparação com o terceiro, registrou um crescimento do PIB menor, refletindo principalmente uma desaceleração nas exportações e no investimento fixo não residencial, nos gastos dos governos estaduais e locais e nos gastos do consumidor.
Porém, esses movimentos conseguiram ser parcialmente compensados por um aumento nos investimentos privados em estoques, pela aceleração dos gastos do governo federal e por uma menor queda nos investimentos fixos residenciais.
Entretanto, vale informar que as importações diminuíram menos no quarto trimestre do que no terceiro trimestre. Com os resultados, os investidores seguem atentos aos próximos movimentos do Federal Reserve, o BC dos EUA, em relação à taxa de juros.
Em 2022, o aumento dos gastos do consumidor foi destaque, impulsionado pela procura por serviços, principalmente por viagens internacionais, serviços de alimentação e alojamento e cuidados com saúde.
Além disso, também se mostrou relevante o aumento no investimento em estoque privado, que refletiu principalmente a alta nas indústrias de manufatura, comércio atacadista e varejo.
Já o aumento do investimento fixo não residencial se deu em consequência da alta em produtos de propriedade intelectual (liderados por software) e em equipamentos (liderados por equipamentos de processamento de informações). Investimento fixo residencial e gastos do governo federal são destaques entre as quedas do último ano.