O Cazaquistão, país localizado na Ásia Central, enfrenta uma crise violenta e inédita. Os protestos se iniciaram no domingo (2) na região de Mangistau e culminaram na renúncia do governo cazaque.
A princípio, os atos eram contra o preço dos combustíveis, já que o governo decidiu aumentar os preços do GLP (gás liquefeito de petróleo) no começo do ano. Essa decisão irritou os inúmeros motoristas que haviam convertido seus carros para rodar com o combustível devido a seu baixo custo em relação à gasolina e ao diesel.
Na terça-feira (4), o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, declarou estado de emergência e anunciou que pediu assistência militar à Organização do Tratado de Segurança Coletiva.
Nesta quarta (5), manifestantes atearam fogo em prédios públicos e invadiram a residência oficial do premiê cazaque. Relatos falam em ao menos oito mortos e centenas de feridos no país.
Devido ao caos incontrolável, Tokaiev e seu gabinete entregaram seus cargos. O premiê ainda anunciou que pretende “agir da forma mais dura possível”, e mandou cortar a internet e a telefonia celular no país.
O governo também confirmou que manifestantes invadiram o aeroporto de Almati e tomaram cinco aviões que lá estavam, inclusive de companhias estrangeiras não identificadas. A cidade reportou ao menos 200 presos durante as manifestações.
O chefe da polícia de Almati disse que a cidade está sendo ”atacada por extremistas” e que o exército já foi acionado para conter os manifestantes.
Momento que veículos do Exército do Cazaquistão são atacados pelos manifestantes.@OsintBrazil pic.twitter.com/CmOck91SlA
— Notícias e Guerras (@NoticiaeGuerra) January 4, 2022