
O cinema perdeu nesta terça-feira (1º) um dos nomes marcantes de Hollywood nos anos 80 e 90. Val Kilmer, conhecido por papéis icônicos como o de Batman em “Batman Eternamente”, morreu aos 65 anos, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Segundo o The New York Times, a causa da morte foi pneumonia.
A filha do ator, Mercedes Kilmer, foi quem confirmou a informação. De acordo com ela, o pai enfrentou um câncer de garganta em 2014, mas conseguiu se recuperar. À época, a família declarou à imprensa que ele evitava o tratamento tradicional por razões ligadas à fé.
Do teatro à consagração em Hollywood
A trajetória de Kilmer começou nos palcos. Ainda adolescente, aos 17 anos, ingressou na prestigiada Juilliard, escola de artes em Nova York. Lá, aprimorou sua técnica em teatro antes de chegar à Broadway e a festivais internacionais.
No cinema, ganhou notoriedade com comédias como “Top Secret!: Superconfidencial” (1984) e “Academia de Gênios” (1985). No ano seguinte, consolidou sua presença em Hollywood como Iceman, rival de Maverick em “Top Gun”, estrelado por Tom Cruise.
Entre seus trabalhos mais marcantes está a interpretação de Jim Morrison, vocalista do The Doors, no filme homônimo lançado 20 anos após a morte do cantor. Também brilhou em “Tombstone: A Justiça Está Chegando”, como Doc Holliday, e em Fogo Contra Fogo, dividindo cena com Al Pacino e Robert De Niro.
Em 1995, Kilmer assumiu o manto do Cavaleiro das Trevas em “Batman Eternamente”, substituindo Michael Keaton. Apesar do sucesso de bilheteria, o filme recebeu críticas divididas. O ator decidiu não continuar no papel em produções seguintes.
Qual foi o último grande papel de Val Kilmer?
Em 2021, lançou um documentário autobiográfico, exibido no Festival de Cannes, no qual revisitou 40 anos de vídeos pessoais e momentos marcantes, incluindo registros após uma cirurgia no pescoço que afetou sua fala. A obra foi narrada com o auxílio de uma caixa de voz.
Mesmo com limitações, Kilmer voltou às telas no papel de Iceman na sequência “Top Gun: Maverick”. Sua participação emocionou fãs e foi vista como uma despedida simbólica de um dos rostos mais lembrados da geração de ouro do cinema norte-americano.
Além de Mercedes, o ator deixa o filho Jack, fruto do relacionamento com a ex-esposa Joanne Whalley.
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