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Relembre a trajetória do papa Francisco, o argentino que aproximou a Igreja do povo

Morreu aos 88 anos Jorge Bergoglio, o papa Francisco. Carismático e adepto do diálogo, ele conduziu a Igreja Católica por quase 12 anos.
O papa Francisco – Crédito: Reprodução/Vatican News

Morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco. Carismático, avesso a pompas e adepto do diálogo, ele conduziu a Igreja Católica por quase 12 anos com uma liderança marcada pela simplicidade e por reformas internas. Foi o primeiro papa latino-americano, o primeiro jesuíta e o primeiro a assumir o cargo após a renúncia de um predecessor na era moderna.

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Francisco nasceu em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires. Filho de imigrantes italianos, estudou química e deu aulas de literatura antes de seguir a vida religiosa. Ordenado sacerdote em 1969, passou por funções administrativas e acadêmicas até se tornar arcebispo da capital argentina, em 1997. Quatro anos depois, foi nomeado cardeal pelo então papa João Paulo II.

Relembre a trajetória do papa Francisco

Em março de 2013, após dois dias de conclave, Bergoglio foi escolhido para substituir Bento XVI, que abdicou do cargo. O novo papa, com seu estilo direto e afetuoso, rapidamente ganhou a atenção mundial. Na primeira coletiva com jornalistas, explicou por que adotou o nome “Francisco“.

“Quando os votos chegaram aos dois terços, começaram a aplaudir, porque o papa tinha sido eleito. E ele [Dom Cláudio Hummes] me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres’”, lembrou o pontífice, em 2013.

“Aquela palavra entrou na minha cabeça: os pobres. Pensei em Francisco de Assis. Depois pensei nas guerras, enquanto a apuração prosseguia. E Francisco é o homem da paz. E assim o nome saiu do meu coração: Francisco de Assis. Como eu queria uma Igreja pobre, para os pobres.”

Esse desejo de transformação pautou seu papado. Francisco promoveu mudanças na gestão do Vaticano, aumentou o debate sobre a inclusão de minorias, aproximou-se dos jovens e reforçou o papel social da Igreja. Ele evitava ostentações, morava em uma casa simples dentro do Vaticano e circulava em carros comuns.

A saúde do papa começou a inspirar cuidados no início de fevereiro deste ano, quando foi diagnosticado com bronquite. Depois, uma infecção mais severa exigiu sua internação no hospital Agostino Gemelli. Chegou a se recuperar e participar de eventos religiosos, como as celebrações de Páscoa. No entanto, a condição se agravou, levando à sua morte.

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Com o lema “Miserando atque eligendo” (“Olhou-o com misericórdia e o escolheu“, em tradução do latim), Francisco será lembrado por ter levado à Igreja um olhar humano, espiritual e atento aos mais vulneráveis. Um pontífice que, nas palavras e nos gestos, buscou reacender a fé com afeto e humildade.

 

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