Com a tensão comercial entre China e Estados Unidos em novo pico, a Tesla interrompeu os pedidos de dois modelos de veículos fabricados nos EUA e vendidos no mercado chinês. A medida foi tomada após a imposição de tarifas mais rígidas por parte de Pequim, atingindo diretamente produtos norte-americanos.
A fabricante retirou do ar, nesta sexta-feira (11), o botão de “pedido” dos modelos Model S e Model X em seu site chinês. Embora a opção de compra esteja indisponível para novos pedidos, ainda é possível adquirir unidades remanescentes em estoque, importadas da fábrica da empresa em Fremont, na Califórnia.
Segundo comunicado da montadora, nenhuma explicação oficial foi dada sobre a suspensão. A decisão, no entanto, ocorre dias após o governo chinês anunciar taxas de importação de 125% para diversos produtos vindos dos Estados Unidos. As mudanças passam a valer no sábado (12).
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A medida da Tesla acontece em meio ao agravamento das disputas comerciais entre os dois países. A guerra tarifária ganhou novo fôlego desde 2 de abril, quando o presidente Donald Trump divulgou uma lista de novos produtos sujeitos a tarifas elevadas. O anúncio afetou bens de mais de 180 países, com foco nos produtos chineses.
Em resposta, o governo de Pequim aplicou taxas de 34% sobre itens americanos. A escalada continuou com novas rodadas de sobretaxas. Na quinta-feira (10), a Casa Branca afirmou que suas tarifas sobre importações da China atingiram 145%. Pequim reagiu, ampliando para 125% as tarifas sobre uma série de produtos dos EUA, o que inclui os veículos elétricos.
Os preços dos modelos atingidos pela decisão da montadora refletem o impacto das tarifas. O Model S, sedã de luxo, custa US$ 81.630 nos EUA — cerca de R$ 480 mil sem impostos e transporte. Já o Model X, utilitário esportivo, parte de US$ 86.630, valor equivalente a R$ 510 mil nas mesmas condições. Com as novas tarifas, os preços para consumidores chineses podem disparar, dificultando a competitividade dos veículos importados.
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