O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (7) que planeja renomear o Golfo do México como “Golfo da América“. Durante coletiva em Mar-a-Lago, o republicano também afirmou que considera ações para recuperar o controle do Canal do Panamá e explorar o domínio da Groenlândia.
“Nós vamos mudar o nome do Golfo do México para ‘Golfo da América’, que nome bonito. É apropriado porque o México tem um déficit enorme com a gente, e nós fazemos todo o trabalho lá“, disse Trump, reforçando sua visão de que os Estados Unidos sustentam seus vizinhos economicamente.
O Golfo do México, a maior região do tipo no mundo, abrange cerca de 1,55 milhão de km² e é cercado pelos Estados Unidos, México e Cuba. A área é estratégica devido a suas reservas de petróleo, mas Trump não detalhou como pretende implementar a mudança de nome nem os efeitos disso na diplomacia regional.
Trump quer rever controle de territórios estratégicos
O presidente eleito voltou a criticar o controle do Canal do Panamá pelo governo panamenho, que administra a via desde 1999. Para Trump, o canal, construído pelos Estados Unidos, é “vital” para os interesses do país e teria sido um “erro” entregá-lo ao Panamá.
“O Canal do Panamá foi construído para o Exército dos EUA. Ele é vital ao nosso país e está sendo operado pela China, e estão fazendo uma catástrofe. Dar o Canal do Panamá ao Panamá foi um grande erro“, afirmou, apesar de não haver evidências de que a China administre o canal.
Trump também reacendeu o interesse pela Groenlândia, administrada pela Dinamarca. Em 2019, durante sua presidência, ele sugeriu comprar a ilha do Atlântico Norte, mas o governo dinamarquês rejeitou a ideia. Agora, Trump cogita sanções econômicas contra a Dinamarca como parte de sua estratégia.
“Precisamos da Groenlândia para fins de segurança nacional“, declarou. Atualmente, os Estados Unidos mantêm uma base militar na ilha, mas Trump indicou que deseja expandir sua presença e o controle na região.
Tarifa e integração ao Canadá
Além das questões territoriais, Trump apontou que o Canadá deveria ser incorporado aos Estados Unidos, tornando-se o 51º estado norte-americano. Ele argumentou que a unificação eliminaria uma linha artificial e garantiria mais segurança financeira aos dois países.
“Você se livra da linha traçada artificialmente e observa como ela fica… e também seria uma segurança financeira muito melhor“, afirmou.
Trump ainda defendeu tarifas pesadas sobre a madeira e os automóveis canadenses, alegando que os EUA não precisam desses produtos.
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