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Violência urbana na França: primeira-ministra diz que situação está “voltando ao normal”

Published 05/07/2023
Em meio à onda de violência urbana na França, a primeira-ministra afirmou hoje (5) que a situação está quase de volta ao normal

Até hoje, 12.031 veículos haviam sido incendiados no país como parte das revoltas. (Crédito: REUTERS/Pascal Rossignol)

Em meio à onda de violência urbana gerada pelas revoltas contra a morte de um adolescente em Paris, a primeira-ministra francesa Elisabeth Borne afirmou hoje (5) que “a situação está quase de volta ao normal“. Segundo ela, “foi observado um declínio na violência durante as últimas noites“.

Os confrontos começaram na semana passada, após um adolescente de 17 anos, de família argelina, ser baleado por um policial durante uma fiscalização de trânsito. O jovem, identificado apenas como Nahel M., recebeu um tiro à queima-roupa e não resistiu ao ferimento. A morte gerou revolta entre as comunidades periféricas, como a de que o rapaz fazia parte, e outros setores da população logo se juntaram à causa.

Com o ministro do Interior, Gérald Darmanin, continuamos extremamente vigilantes e estamos adaptando muito gradualmente o nosso sistema de segurança“, acrescentou Borne, conforme informações do jornal Le Monde. Ela citou, ainda, que a estratégia do governo para lidar com a violência urbana se apoia em quatro pilares: “a mobilização da polícia, a firmeza da penalidade, a responsabilização das redes sociais e a lembrança da autoridade parental“.

Depredações

Os danos gerados pelos confrontos vêm sendo contabilizados pelo governo. Durante uma audiência perante a Comissão de Direito do Senado, na tarde desta quarta-feira (5), o ministro do Interior listou as seguintes ocorrências em todo o país:

Entre as mais de 3.500 pessoas detidas por participação nos tumultos na França, 60% não tem antecedentes criminais e não são conhecidos pela polícia, segundo Gérald Darmanin. Entre os detidos, até o momento, 1.373 estavam em Paris e nos subúrbios. O ministro afirma que a situação atual é “calma“, depois de “momentos tão difíceis“. No entanto, ele reforça que é preciso “vigiar“.

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