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França prende mais de mil após 4ª noite de protestos; o que você precisa saber

Segundo o ministro do Interior, Gerard Darmanin, foram registrados 2.560 incêndios em ruas e 234 incidentes em edifícios; além de 1.350 veículos queimados

França prende mais de 1 mil após 4ª noite de protestos; o que você precisa saber
A França enfrenta uma onda de protestos por todo o país; mais de 1.300 pessoas já foram presas (Crédito Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Após a quarta noite de intensos protestos por todo o país, a França já tem mais de mil manifestantes presos. A França foi abalada por uma onda de protestos depois que um jovem de 17 anos foi baleado e morto pela polícia na cidade de Nanterre, perto de Paris na terça-feira (27).

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Os protestos provocaram a proibição de manifestações em algumas cidades, alertas contra viagens e reacendendo um debate sobre o excesso de atuação policial em comunidades marginalizadas.

Veículos foram incendiados e prédios públicos, principalmente, foram depredados. Houve confronto entre policiais e manifestantes. Mais de 1.300 pessoas foram presas e mais de 200 policiais ficaram feridos.

O presidente Emmanuel Macron realizou uma reunião de emergência nesta sexta-feira (30) com ministros; ao mesmo tempo, ele tenta superar as divisões e unir o país em seu segundo mandato, iniciado em 2022.

Por que tantos protestos na França?

Um policial matou a tiros o adolescente Nahel, de ascendência argelina, durante uma blitz em Nanterre, na terça-feira (27). Imagens do incidente mostraram dois policiais parados ao lado do motorista do veículo; um  deles disparou contra o jovem, apesar de não parecer enfrentar nenhuma ameaça imediata.

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O policial disse que efetuou o disparo  porque estava com medo de que o adolescente atropelasse alguém com o carro, de acordo com informações do promotor de Nanterre, Pascal Prache.

O promotor pontuou que é possível que o policial tenha agido ilegalmente ao usar sua arma. O autor do disparo está sofrendo uma investigação oficial por homicídio e  foi posto em prisão preventiva.

A partir da morte do jovem,  os protestos eclodiram de norte a sul da França. Os manifestantes carregavam cartazes com a frase “a polícia mata” e centenas de prédios do governo foram danificados, enquanto a morte de Nahel aumentava a raiva pelo preconceito racial no país.

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Noites sucessivas de violência em toda país e também em seus departamentos e territórios ultramarinos levaram as autoridades francesas a usar da represão para conter as manifestações.

Mais de 40 mil policiais foram mobilizados para patrulhar cidades em todo o país, 1.311 pessoas foram presas e mais de 200 policiais ficaram feridos, até o início da manhã deste sábado (1°). Apenas na capital Paris, mais de 5 mil agentes de segurança foram alocados.

Aos oficiais foram dados poderes para reprimir tumultos, fazer prisões e “restaurar a ordem republicana”, disse o ministro do Interior francês, Gerard Darmanin.

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O ministro disse que 2.560 incêndios foram relatados em vias públicas, com 1.350 carros queimados; acrescentou ainda que foram registrados 234 incidentes de danos ou incêndios em edifícios.

 

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