crise humanitária

Governo transitório assume no Haiti, mas clima é de insegurança

Há cerca de um mês, o primeiro-ministro Ariel Henry declarou sua renúncia. No entanto, as gangues não estão satisfeitas, uma vez que não participaram dessas negociações

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Ariel Henry – Crédito: Getty Images

Nesta quinta-feira (25), o governo transitório assumiu o comando do Haiti. A mudança se concretiza após os nove membros do Conselho Presidencial de Transição serem empossados no Palácio Nacional, em Porto Príncipe, mediante juramento. Há cerca de um mês, o primeiro-ministro Ariel Henry declarou sua renúncia.

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“Hoje é um dia importante na vida de nossa querida república. Este dia de fato abre uma perspectiva para uma solução para as crises multidimensionais que o país enfrenta”, foi o que declarou Michel Patrick Boisvert, ministro das finanças de Ariel Henry, depois da cerimônia de juramento. Ele deve assumir a função de primeiro-ministro interino.

No entanto, a situação ainda é preocupante. Não há uma garantia de que esse Conselho de Transição chegará a um consenso quanto ao nome de um primeiro-ministro e entregará o poder a um governo eleito até 2026. Além disso, as gangues não estão satisfeitas, uma vez que não participaram dessas negociações para o governo transitório.

A violência no Haiti

No final de fevereiro, gangues no Haiti realizaram ataques coordenados na capital, queimaram delegacias e hospitais. Além disso, os grupos armados também invadiram as duas maiores penitenciárias do país. Esse movimento levou a libertação de mais de 4 mil presos. Desde então, o país passa por uma explosão de violência.

Esses grupos armados estão no controle de mais de 80% da capital. Segundo dados da ONU, existem em torno de 360 mil haitianos deslocados internamente. Essa onda de violência tornou a crise humanitária ainda mais aguda. Desde o início de 2024, os conflitos entre gangues já causaram a morte de mais de 1.500 pessoas.

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*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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