O presidente da França, Emmanuel Macron, realizará uma nova reunião de emergência do governo nesta sexta-feira (30). Os tumultos irromperam pela terceira noite consecutiva em toda a França em protesto contra o assassinato de Nahel, adolescente de 17 anos, pela polícia no início da semana, informou o canal de notícias francês BFM TV.
Um total de 667 pessoas foram presas durante a noite, segundo o ministro do Interior, Gerald Darmanin. Mais da metade dessas prisões ocorreu na região de Paris, nos departamentos de Hauts-de-Seine, Seine-Saint-Denis e Val-de-Marne, informou a emissora.
As autoridades francesas esperavam evitar a repetição das cenas que se sucederam na noite de quarta-feira (28), quando delegacias de polícia, prefeituras e escolas foram incendiadas em várias cidades do país.
O Ministério do Interior informou que planejava enviar 40 mil policiais em todo o país na quinta-feira (29), incluindo 5 mil apenas em Paris, com o intuito de reprimir qualquer tumulto.
O presidente da França convocou a reunião de emergência e lamentou a morte “indesculpável” do adolescente. Macron já havia se reunido com ministros para tratar do assunto, após a primeira-ministra Elisabeth Borne ter rejeitado os apelos de alguns oponentes políticos para que o estado de emergência fosse declarado.
“A resposta do Estado deve ser extremamente firme”, disse Darmanin, falando da cidade de Mons-en-Baroeul, no norte do país, onde vários prédios de instituições municipais foram incendiados.
A agitação começou nesta terça-feira (27), pouco depois que uma blitz policial, na cidade de Nanterre, resultou na morte de Nahel. Ao longo de uma noite caótica, 40 carros foram queimados e 24 policiais ficaram feridos, afirmaram as autoridades francesas.
Na quinta-feira (29), cerca de 6 mil pessoas, de acordo com a BFMTV, se juntaram a uma marcha para homenagear Nahel. O protesto foi liderado pela mãe do jovem em Nanterre.
O policial que matou um adolescente francês no início desta semana foi acusado de homicídio e colocado sob custódia, de acordo com a rede de televisão.
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— World Times (@WorldTimesWT) June 30, 2023