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Câmara aprova texto-base da chamada ‘PEC do Estouro’

Published 21/12/2022
Câmara aprova texto-base da PEC do Estouro, segundo turno acontece nesta quarta-feira (21)

Plenário aprovou texto-base em primeiro turno, por 331 votos a favor e 168 contra. (crédito: Wilson Dias/Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno nesta terça-feira (21), o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do estouro. A PEC possibilitará que o governo do próximo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), consiga expandir os gastos públicos em  R$ 145 bilhões. O texto aprovado contou com 331 votos a favor e 168 contra.

Já nesta quarta feira (21), os parlamentares analisam em segundo turno os chamados destaques, que são trechos do texto-base onde os deputados deliberam de forma isolada e a votação é feita individualmente.

De acordo com o texto aprovado, a manobra no teto de gastos será permitida apenas em 2023. No original, a redação previa que a PEC valesse para os próximos dois anos. Outras alterações foram feitas no texto pelo relator, o deputado Elmar Nascimento (União-BA).

Votação em segundo turno

De acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os parlamentares já analisaram dois dos três destaques da PEC do Estouro. O primeiro, do partido Republicanos, pretendia mudar o trecho da proposta que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) do fim de 2023 para o fim de 2024. Entretanto, não houveram votos suficientes para a mudança e o texto foi mantido.

O segundo destaque, aprovado ainda ontem por unanimidade, refere-se à participação do governo na definição de recursos que ficariam disponíveis com o aumento do teto de gastos.

Ficou para esta quarta-feira então o terceiro destaque. Separado pelo partido Novo, ele pretende alterar o trecho onde é estabelecido que a mudança no regime fiscal se dará por meio de Projeto de Lei Complementar (PLP).

Na prática, usar um PLP facilitaria o trabalho do próximo governo, isso porque a mudança não seria obrigatoriamente por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que tem tramitação mais difícil e precisa de mais votos.

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