
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), elogiou o papel da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) no processo de recuperação do ex-mandatário, internado em Brasília há mais de dez dias. Em transmissão feita na terça-feira (22), Carlos destacou o empenho da madrasta nos cuidados com o pai.
“A maior parte do tempo quem fica com ele é a Michelle, que está cuidando dele de uma maneira excepcional. Ela está ali, uma leoa, tomando conta de quem pode, quem não pode entrar e, certamente, porque se ele falar muito, entra ar para a barriga e a barriga acaba dilatando e isso atrasa a recuperação dele”, afirmou.
A fala ocorre semanas após vir à tona que pai e filho estavam afastados de Michelle, por razões que não foram detalhadas. Em fevereiro, Bolsonaro confirmou a existência de um atrito, mencionando “problemas lá atrás” e descrevendo a esposa como alguém que “tem seu gênio”. À época, atribuiu o conflito a um possível episódio de ciúmes.
Michelle no comando: quem toma as decisões na internação?
Segundo informações da CNN, Michelle foi a principal responsável por planejar a internação do marido. Desde a transferência de Natal para Brasília até a escolha da nova equipe médica, coube a ela conduzir cada etapa do processo. A decisão de evitar São Paulo, onde atua o cirurgião Antônio Luiz Macedo, foi tomada para manter Bolsonaro próximo da família e de aliados políticos que trabalham pela chamada “PL da Anistia”.
A ex-primeira-dama também tem sido a fonte oficial sobre o estado de saúde do ex-presidente. Em seu perfil no Instagram, ela tem divulgado informações e atualizações sobre o quadro clínico, numa tentativa de conter a propagação de informações falsas.
A internação de Bolsonaro exigiu cuidados específicos após uma cirurgia que durou 12 horas. A recuperação, segundo os médicos, deve ser longa e requer atenção redobrada.
Restrição de visitas e controle de informações
Além de assumir decisões logísticas e médicas, Michelle também comunicou a aliados a necessidade de limitar o acesso ao hospital. Em mensagem enviada nos últimos dias, ela explicou os motivos:
“A cirurgia do Jair, como sabem, foi longa — 12 horas — e agora ele precisa de um tempo maior para uma recuperação completa. Para garantir o melhor cuidado possível, as visitas estão, por ora, restritas apenas à família”, diz o comunicado.
Desde então, os boletins médicos reforçam a recomendação de manter o ambiente hospitalar com o mínimo de interferência externa, garantindo o foco na recuperação do ex-presidente.
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