Quando se trata de eventos internacionais de grande magnitude como o G20, a diplomacia desempenha um papel crucial. Este tipo de evento é uma oportunidade para países fortalecerem suas relações e abordarem questões globais urgentes, como desigualdade e fome. Durante a presidência brasileira do G20, no último sábado (16) um evento paralelo para organizações sociais foi ofuscado pelas falas da primeira-dama Janja.
Durante um painel com o influenciador Felipe Neto e outros participantes, a primeira-dama, que estava na plateia, pediu o microfone para falar. Em sua intervenção, xingou Elon Musk, futuro secretário do governo de Donald Trump, descreveu o ministro do Supremo Alexandre de Moraes como “um grande parceiro na questão das fake news” e chamou de “bestão” o homem responsável pelo atentado contra o STF e que se matou durante as explosões.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a corrigir publicamente a atitude da parceira. “Eu queria dizer para vocês que essa é uma campanha (contra a fome) em que a gente não tem que ofender ninguém, não temos que xingar ninguém. Precisamos apenas indignar a sociedade”, afirmou no domingo (17), durante o festival de música organizado por Janja.
Como as provocações de Janja foram recebidas?
Fontes próximas ao presidente afirmaram que ficaram frustrados com distração a provocada pelas falas de Janja. De acordo com o Palácio do Planalto, a relação entre Brasil e Estados Unidos até pode ser preservada, mas as provocações tiraram espaço de eventuais manchetes sobre o legado da presidência brasileira do G20.
Ao utilizar termos fortes contra figuras internacionais e locais, Janja inadvertidamente roubou os holofotes do propósito central do evento organizado para promover o combate à fome e à desigualdade social. A repercussão foi tanta que até o presidente Lula, normalmente reticente em corrigir publicamente sua esposa, pronunciou-se em contraste com suas palavras.
Em um evento voltado para destacar o legado positivo da presidência brasileira no G20, a atenção foi redirecionada, tanto nacional quanto internacionalmente, para os comentários controversos de Janja. Isso gerou desconforto entre os assessores presidenciais, que temiam que a mensagem central do evento fosse comprometida.
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