Mesmo com Jair Bolsonaro (PL) inelegível até 2030, um levantamento realizado pelo instituto Paraná Pesquisas indica que o ex-presidente mantém força política para enfrentar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um eventual cenário para as eleições presidenciais de 2026. Um dos resultados mais destacados revela um empate técnico entre os dois, com Bolsonaro numericamente à frente: 37,6% contra 33,6%.
A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (27), entrevistou 2.014 eleitores em todos os estados e no Distrito Federal entre os dias 21 e 25 de novembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, e o nível de confiança, 95%.
Além de Lula e Bolsonaro, outros nomes como Ciro Gomes, Simone Tebet e Ronaldo Caiado foram incluídos nos cenários simulados. No cenário principal, Ciro aparece com 7,9%, seguido de Tebet com 7,7% e Caiado com 3,7%. A pesquisa também mostrou o peso do voto nulo e indeciso, que juntos somam 9,6%.
Qual o impacto das investigações recentes na corrida eleitoral?
Os dados da pesquisa foram colhidos antes de um novo desdobramento envolvendo Bolsonaro: o indiciamento dele e de outras 36 pessoas pela Polícia Federal (PF) em um inquérito que investiga um suposto plano de golpe. A trama incluía, segundo a PF, um complô para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A pesquisa também analisou cenários com outros candidatos. Um deles apresentou Michelle Bolsonaro (PL) como representante da direita, registrando 27,5% das intenções de voto contra 34,2% de Lula. Outra simulação destacou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com 24,1%, enfrentando Lula com 34,7%.
A força de Bolsonaro e Lula em outros cenários
Em um cenário de confronto direto, Bolsonaro alcança 43,7%, contra 41,9% de Lula, reforçando sua posição como principal adversário do atual presidente. Quando a disputa é entre Lula e Michelle Bolsonaro, o placar fica igualmente apertado: 42,7% para Lula e 40,8% para Michelle.
O levantamento mostrou também a performance de nomes como Romeu Zema, governador de Minas Gerais, e Ratinho Junior, governador do Paraná. Em ambas as simulações, Lula mantém vantagem numérica, mas a margem de votos brancos e nulos cresce significativamente.
Os resultados indicam que, mesmo diante das dificuldades jurídicas e políticas de Bolsonaro, seu nome continua relevante no cenário eleitoral. Enquanto isso, Lula busca consolidar sua base e explorar novas alianças para enfrentar o desgaste natural do governo e a polarização.
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