Com o intuito de discutir políticas públicas que integram um bloco regional intergovernamental, o Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) é um organismo internacional com abrangência da América Latina e Caribe e que atualmente é composto por 33 países.
É para participar desta cúpula, entre outras agendas, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desembarcou na noite deste domingo (22), em Buenos Aires, na Argentina, em sua primeira viagem internacional deste mandato.
De acordo com reportagem do G1, Lula deve ficar na Argentina por dois dias. Nesta segunda- feira (23), se reúne com o presidente argentino, Alberto Fernández. Amanhã, dedicará o dia para participar da 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
O Brasil tinha deixado o bloco havia dois anos, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). No dia 5 de janeiro, no entanto, o Ministério das Relações Exteriores informou o retorno do país à Celac.
O Celac foi criado no México, em 2010, a oficialização do grupo, no entanto, ocorreu apenas em 2011.
A aliança busca a integração latino-americana e caribenha, além da coordenação política, econômica e social destes países. Na pauta, entram temas como desarmamento nuclear, agricultura familiar, cultura, energia e meio ambiente, com a América Latina em busca de autonomia.
Apesar de recente, a ideia de criação do bloco nasceu na década de 1980, quando surgiu o chamado Grupo de Contadora, formado por México, Venezuela, Colômbia e Panamá. Os países eram contrários à política intervencionista do então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan.
A partir de 1985, outros países se juntaram. Entre eles, Brasil, Argentina, Peru e Uruguai, formando o Grupo do Rio, com o objetivo de fortalecer a democracia e o desenvolvimento econômico e social.
Nas décadas seguintes, mais países se juntaram ao bloco: Bolívia, Chile, Costa Rica, Cuba, Equador, Nicarágua e Paraguai.
Em 2020, o governo de Bolsonaro decidiu retirar o Brasil da Celac, por divergências políticas e ideológicas com Cuba e Venezuela. O protagonismo do bloco, passou a ser disputado por países como Chile, México e Argentina, que ocupa hoje a presidência do grupo.