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Presidente da Fiesp recusa convite de Lula para ministério

Published 17/12/2022
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Josué Gomes passa por crise a frente da Fiesp (Crédito: Divulgação/ Fiesp)

Josúe Gomes, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) recusou o convite do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para chefiar o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A pasta até então extinta deve ser recriada no próximo governo.

Na manhã da última quarta-feira (14) Gomes se reuniu com Lula no hotel em que o petista está hospedado em Brasília onde o convite foi feito ao empresário, ocasião em que pediu tempo para pensar na proposta.

O dono da Coteminas, uma das maiores empresas têxteis do Brasil, é filho de José de Alencar, que foi vice de Lula em seus dois primeiros mandatos como presidente. Josué Gomes foi elogiado pelo presidente eleito em discursos, que buscava um nome do setor industrial para colocar a frente da pasta recriada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

A decisão pode estar relacionada à crise enfrentada por Josué Gomes na Fiesp. Na última quinta-feira o empresário convocou uma assembleia extraordinária para o dia 16 de janeiro. Trata-se de uma reação a um edital que também convocava uma assembleia mas para o dia 21 de dezembro tendo como pauta a conduta do presidente da federação. 86 dos 106 sindicatos votantes na Fiesp assinaram o documento.

A crise é decorrente de conflitos entre os dirigentes da indústria e a gestão de Gomes que começou em 2021. Representantes de 78 sindicatos pediram a convocação de uma assembleia para revisar sua continuidade à frente da federação. O presidente da Fiesp rejeitou o pedido em uma reunião de diretoria e alegou que não havia justificativas suficientes no documento para a convocação da assembleia.

Os conflitos incluíram uma queixa formal de integrantes do Conselho Superior Feminino contra o apoiador do empresário Synésio Batista, presidente da Sindibrinquedos. As denunciantes alegaram que falas de Batista durante a reunião.

Os sindicatos apresentaram, entre outras reclamações, 12 itens que justificam a convocação da assembleia. Eles cobram explicações sobre a assinatura de Josué em manifestos em defesa da democracia como a carta “Em defesa da Democracia e da Justiça” da própria Fiesp que teve apenas 14% de adesão de filiados. A participação no documento gerou a impressão entre os dirigentes de que se tratava de um apoio velado à campanha de Lula.

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