PT e PL possuem um desejo em comum: comandar as mesmas comissões na Câmara. Estas comissões detêm quase metade das emendas de comissão aprovadas para este ano, ou seja, R$ 5 bilhões dos R$ 11 bilhões totais.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenta costurar um acordo entre as maiores bancadas, mas ainda tem de guardar lugar para as indicações de seu próprio partido e também de outras legendas do centrão.
No sonho de consumo dos partidos estão os quatro colegiados “mais ricos” e mais influentes, do ponto de vista político. Petistas e liberais querem a presidência da Comissão de Saúde, Educação, Segurança Pública e Fiscalização e Controle.
O “nó” mais complicado de se desatar é o da comissão com mais recursos: Saúde, e, portanto, a mais problemática. Ali se decide o destino de R$ 4,5 bilhões. O Ministério da Saúde é o principal alvo de crise com o centrão, que reclama da demora no pagamento das emendas fundo a fundo. Elas vão diretamente às prefeituras.
Esse dinheiro serve, por exemplo, para custear obras regionais nas bases eleitorais dos deputados. Esse tipo de emenda não precisa passar por um sistema burocrático de convênio do governo federal. Além do PT e do PL, o PP de Lira também quer chefiar essa comissão.
Apesar de contar com uma bancada feminina que corresponde a apenas 17,7% das 513 cadeiras, a Câmara apresentou progressos na estrutura de apoio às deputadas nos últimos anos. Entenda, ouça a @RadioCamara: https://t.co/ydSdmPB4N2
— Câmara dos Deputados (@camaradeputados) March 1, 2024