acesso indevido ao X

Starlink pode ter que deixar de atuar no Brasil, segundo Anatel

Empresa comunicou no domingo (1) que não cumpriria ordem de Moraes; funcionários irão realizar apuração

starlink
Starlink pode passar por processo administrativo da Anatel – Créditos: Getty Images

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri advertiu a que empresa Starlink, de Elon Musk, pode perder a autorização para operar no Brasil se for confirmado o descumprimento da ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sobre a derrubada do acesso ao X.

Publicidade

O aviso aconteceu nesta segunda-feira (2), em uma entrevista ao Estúdio i. Baigorri afirmou que, com indícios de que a empresa de Musk descumpriu a decisão judicial, um processo administrativo pode ser aberto. Neste caso, seria assegurado à Starlink o direito de ampla defesa.

“Segue a lei do processo administrativo. As sanções possíveis são aquelas previstas na lei geral de telecomunicações, começando na advertência, sanção de multa e aí, depois, a cassação da outorga. Perdendo a outorga, [a Starlink] perde autorização de prestar os serviços de telecomunicações no Brasil”, disse.A Anatel investiga se a Starlink está cumprindo com a ordem de suspensão. De acordo com o presidente do órgão, qualquer desobediência será reportada a Moraes. Além disso, a Anatel abriria um processo administrativo contra a empresa.

Starlink, X, e Anatel

Neste domingo (1º), a Starlink comunicou ao presidente da Anatel que não acataria a decisão de Moraes até que as contas da empresa, bloqueadas também por determinação do ministro, fossem desbloqueadas pela Justiça.

A Starlink é uma provedora de internet por satélite, com 225 mil usuários no Brasil. Ela atua com maior intensidade na região norte do território.

Publicidade

A suspensão do X e o bloqueio de contas da outra empresa de Musk são uma resposta ao descumprimento de decisões judiciais. Moraes havia determinado o encerramento de perfis que copmpartilham desinformações e atacam instituições democráticas. Com a desobediência, a plataforma acumulou multas do Supremo.

Para garantir o pagamento das punições, o ministro ordenou o bloqueio de contas da Starlink, pois argumentou que a empresa e a rede social fazem parte de um mesmo grupo econômico.

Baigorri compartilhou que a apuração sobre a Starlink acontecerá por meio do acesso à rede da empresa nas suas principais localidades dentro do Brasil. Se conseguirem entrar no X, isso conterá como uma prova do descumprimento.

Publicidade

Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.