VÍRUS

Casos da doença mão-pé-boca cresceram 149% no estado de SP

O vírus geralmente está presente nas fezes das pessoas infectadas por até 10 semanas; a doença pode ser transmitida mesmo após a resolução dos sintomas.

Casos da doença mão-pé-boca cresceram 149% no estado de SP
A doença mão-pé-boca é transmitida por um vírus; em São Paulo, os casos registrados já superam o total de 2022 (Crédito Foto: Canva Fotos)

O estado de São Paulo registrou 391 casos da doença mão-pé-boca entre janeiro e março deste ano. Este número representa um aumento de 149% em relação aos três primeiros meses do ano passado.

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De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, o número de casos da doença em 2023 já supera as 385 notificações registradas em todo o ano de 2022. A tendência é que aumente ainda mais, pois a doença costuma ter maior transmissão durante o outono. Os dados também foram disponibilizados pela Agência Brasil.

A doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa, causada por um vírus. Ela é mais frequente em crianças de até cinco anos, cuja transmissão ocorre por meio de secreções de vias aéreas, gotículas de saliva, via fecal-oral e pelo contato com lesões.

O vírus geralmente está presente nas fezes das pessoas infectadas por até 10 semanas, mas pode durar vários meses. Na secreção oral e respiratória, o vírus pode ser encontrado até 04 semanas. Pessoas infectadas não doentes também podem transmitir o vírus, bem como pessoas que ficaram doentes podem seguir transmitindo mesmo após a resolução dos sintomas.

Para evitar a doença é necessário medidas básicas de higiene como lavar bem as mãos e evitar aglomerações. Também é necessário não compartilhar objetos e higienizar os itens de uso pessoal e do ambiente com solução de álcool etílico 70% ou solução clorada. A secretaria orienta que os pais mantenham as crianças doentes em casa, evitando que elas frequentem a creche por cerca de sete dias ou até que as lesões de pele tenham totalmente desaparecido.

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A doença não tem tratamento. O uso de analgésicos, antitérmicos e hidratação pode auxiliar na recuperação. Segundo a secretaria, a recuperação poder durar entre sete e dez dias.

O vírus que provoca a doença pode provocar estomatites, uma espécie de afta. Os sintomas estão associados a febre alta nos primeiros dias e, depois, pequenas bolhas nas mãos e nas plantas dos pés, além de manchas vermelhas na boca, amígdalas e faringe. Outros sintomas são: vômitos e diarreia, além de dificuldade para engolir e muita salivação. A doença mão-pé-boca é causado pelo vírus Coxsackie A16 da família dos enterovírus.

“Geralmente, como ocorre em outras infecções por vírus, a doença regride espontaneamente após alguns dias. Não existe vacina contra esta doença, portanto na maior parte dos casos tratam-se apenas os sintomas”, explicou Helmar Abreu Rocha Verlangieri, infectologista infantil do Hospital Darcy Vargas, por meio de nota à Agência Brasil.

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