TECNOLOGIA

Cientistas desenvolvem método para “ouvir” sinais do Alzheimer

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Idoso com Alzheimer – Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

Avanços tecnológicos e pesquisas inovadoras estão transformando a forma como doenças neurológicas são diagnosticadas. Nos Estados Unidos, cientistas exploram novas maneiras de detectar sinais precoces de Alzheimer, uma doença caracterizada por perda de memória e de funções cognitivas, usando dispositivos não convencionais como microfones de ouvido.

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Esses dispositivos, conhecidos como “hearables”, podem capturar sinais sutis do corpo humano, potencialmente tornando o diagnóstico mais acessível e menos invasivo. A pesquisa foi apresentada recentemente em um encontro significativo promovido pela Acoustical Society of America.

Como funcionam os microfones de ouvido na detecção de Alzheimer?

O Alzheimer apresenta uma gama de sintomas, incluindo perda de controle motor, que se manifesta em movimentos oculares involuntários alterados. Tradicionalmente, o rastreamento desses movimentos exige o uso de equipamentos especializados, que não estão amplamente disponíveis. A solução proposta pelos pesquisadores é utilizar microfones de ouvido para detecção desses sinais.

Os “hearables” são fones equipados com microfones intra-auriculares que registram as vibrações no tímpano, resultado dos minúsculos movimentos do olho. Esta abordagem inovadora busca identificar as diferenças entre os movimentos oculares de pessoas com Alzheimer e indivíduos saudáveis.

O objetivo final da pesquisa é criar dispositivos que possibilitem o monitoramento contínuo e de longo prazo das condições neurológicas, oferecendo uma forma eficaz e não invasiva de acompanhar o progresso da doença. Essa tecnologia poderia revolucionar a forma como doenças como Alzheimer são geridas no dia a dia, possibilitando intervenções mais imediatas e eficazes.

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Ao usar microfones de ouvido para captar mudanças fisiológicas, os cientistas esperam não só melhorar o diagnóstico precoce de Alzheimer, mas também expandir a detecção para outros distúrbios neurológicos, conforme explicado pelo pesquisador Arian Shamei à CNN.

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A pesquisa é um passo em direção a uma nova linha de defesa contra doenças neurológicas. Em um futuro não muito distante, é possível que esses dispositivos avancem para diagnosticar e diferenciar entre várias condições neurológicas com base em sinais capturados através dos ouvidos.

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