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Fiocruz diz que demanda por UTIs está piorando

Published 26/01/2022
Fiocruz diz que demanda por UTIs está piorando

Foto de março de 2021, hospital Ronaldo Gazolla no Rio de Janeiro, paciente na UTI com Covid-19 (Créditos: Buda Mendes/Getty Images)

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) lançou o observatório da Covid-19 nesta quarta-feira (26), no qual ressalta que a rede pública de saúde está ficando pressionada pela alta na demanda de leitos de UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo) para adultos infectados com a Covid-19. Segundo os pesquisadores, o quadro está pendendo para ficar ainda pior.

Os pesquisadores, em uma nota técnica que divulgaram, disseram que “a situação está nitidamente piorando, embora o avanço da vacinação ajude a desenhar um quadro diferente do de outros momentos mais críticos da pandemia”.

A facilidade que a variante ômicron consegue ser transmissível, “gera números expressivos que pressionam o sistema de saúde” e com pacientes que precisam de internação em UTIs. Para os pesquisadores, isso se explica por “uma parte considerável da população que ainda não recebeu a dose de reforço e outra parcela nem foi vacinada”.

Esse ponto já foi sustentado pelo Ministério da Saúde, Marcelo Queiroga, e a intensivista e cardiologista Ludhmila Hajjar, cotada para assumir a pasta da Saúde no ano passado.  “As UTIs estão atualmente só com casos de covid entre os não vacinados. Os imunizados dificilmente passam por atendimento ambulatorial”, disse Ludhmila ao jornal O Globo em janeiro.

De acordo com informações do UOL, outros fatores, além da falta de vacinação, disse a Fiocruz que o verão “é também um período de férias que favorece aglomerações”, o que pode mostrar o crescimento dos casos no fim do ano passado.

Foram quase 199.126 mil novos casos da Covid-19 no Brasil,  na terça-feira (25). Está em alta a média móvel de diagnósticos desde 29 de dezembro de 2021 e ontem ficou em 159.789.

O Brasil registrou em 24 horas, 489 mortes pelo coronavírus. Desde o dia 12 de novembro, esse é o número mais alto marcado, foram registrados 612 óbitos, de acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa.

Situações nos estados e capitais

De acordo com a Fiocruz, das 25 capitais com as taxas divulgadas, 9 estão em alerta máximo (crítico). São elas, com a porcentagem de ocupação: Brasília (98%), Rio de Janeiro (98%), Belo Horizonte (95%), Fortaleza (93%), Porto Velho (89%), Cuiabá (89%), Natal (percentual estimado de 89%), Rio Branco (80%) e Macapá (82%).

Sete estados estão em ponto crítico: Distrito Federal (98%), Rio Grande do Norte (83%), Goiás (82%), Piauí (82%), Pernambuco (81%), Espírito Santo (80%) e Mato Grosso do Sul (80%).

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