skincare de risco

Mulher viraliza nas redes sociais ao aplicar fezes no rosto para ‘hidratar a pele’

Em vídeo publicado no Instagram, Debora passa fezes no rosto, alegando que o método seria benéfico para a hidratação da pele

No vídeo publicado no Instagram, Debora passa fezes no rosto, alegando que o método seria benéfico para a hidratação da pele
No vídeo publicado no Instagram, Debora passa fezes no rosto, alegando que o método seria benéfico para a hidratação da pele – Crédito: Reprodução / Redes Sociais

Debora Peixoto surpreendeu a internet ao compartilhar um vídeo inusitado nas redes sociais. No vídeo, Debora passa fezes no rosto, alegando que o método seria benéfico para a hidratação da pele. A prática, segundo ela, foi inspirada em um estudo sobre o uso de excrementos para o rejuvenescimento.

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“Maior loucura que fiz na vida, passei minhas fezes no rosto”, escreveu Debora na legenda do vídeo publicado em seu Instagram. O comentário gerou uma onda de reações e discussões entre os internautas.

Quais são os riscos de passar fezes no rosto?

O dermatologista Abdo Salomão, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da American Academy of Dermatology (AAD), se manifestou sobre o caso polêmico. Segundo ele, aplicar fezes no rosto pode proporcionar uma sensação temporária de contração na pele, mas os riscos superam qualquer possível benefício.

Veja alguns dos principais riscos apontados pelo especialista:

  • Altíssima chance de infecção na pele devido à quantidade de bactérias presentes nas fezes;
  • Possibilidade de desenvolvimento de erisipela ou erupções acneiformes;
  • Risco de gastroenterite se as bactérias entrarem em contato com a boca.

Abdo Salomão enfatiza que não existe literatura médica que apoie essa prática e a classifica como anti-higiênica e sem eficácia comprovada.

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Estudo dá sinal verde para passar fezes na pele?

No vídeo, Debora Peixoto cita um estudo da Universidade de Harvard sobre o uso de microbiota das fezes em tratamentos terapêuticos. Ela usa essa informação para justificar sua ação inusitada.

No entanto, o dermatologista Abdo Salomão esclarece a diferença crucial entre o estudo citado e a prática realizada por Debora: O estudo fala sobre a purificação da microbiota presente nas fezes e o uso da microbiota purificada tem um objetivo terapêutico específico. Passar fezes in natura no rosto não tem respaldo científico e é completamente diferente do tratamento sugerido no estudo.

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Como surgiu essa ideia?

Debora afirma que teve a ideia ao ler sobre o uso de excrementos para rejuvenescimento em um estudo. A prática gerou curiosidade e muitos questionamentos por parte dos seguidores e de profissionais da saúde.

O dermatologista enfatiza que, diante de qualquer tratamento estético, é essencial procurar informações verificadas e consultar profissionais qualificados.

Essa prática de aplicar fezes in natura é perigosa e sem nenhuma evidência científica que comprove seus benefícios. A recomendação de Abdo Salomão é clara: não seguir essa ideia. Existem muitos métodos seguros e eficazes para cuidados com a pele que não envolvem riscos de saúde tão elevados.

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